sábado, 6 de junho de 2009

terra de luz

No ótimo blog do jornalista e crítico musical Mauro Ferreira, Notas Musicais (link na sessão "Outros blogs"), ele fez um texto sobre o novo trabalho de Ivete Sangalo, Pode Entrar. Um não: vários! Mas o novo projeto da cantora baiana, que envolve CD e DVD é, sem dúvida, o grande boom do mercado fonográfico, por se tratar da maior artista do Brasil e da complexidade do produto, que reuniu um time de 1ª categoria. E por isso é merecedor da enxurrada de resenhas que provocou pelo país.
No post que ele publicou no dia 04/06, intitulado "Pode Entrar dá upgrade na discografia de Ivete", há uma série de comentários dos internautas, o que é muito normal quando envolve artistas baianos de forte expressão como, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Daniela Mercury e, claro, Ivete Sangalo. Mas nessa leva de comentários um me chamou a atenção. Um cidadão chamado Caio colocou a opinião dele sobre a participação de Bethânia no Pode Entrar. Eu me senti obrigado a escrever também.


Caio disse:

Bethânia é baiana, por isso aceitou participar desse DVD! Os baianos são assim, eles nunca falam mal um do outro e estão sempre trabalhando juntos! É bairrismo!


Fábio Vasconcelos disse:

Eu sou baiano. E de Salvador (graças a Deus!). Ser baiano é bom demais. E o motivo de postar aqui é para lamentar a declaração de Caio. Nós não fazemos bairrismo não, Caio. Nós sofremos bairrismo. Sofremos preconceito. Como todos os cidadãos de estados nordestinos. Em qualquer âmbito. O sistema de cotas nas universidades públicas vem para suprir um erro e dívida histórica que temos com a população negra, independente de ser a estratégia mais coerente. Mas ela é cabível pelo tamanho da injustiça. É a mesma coisa (mas em outros tempos mais democráticos) na música brasileira. Mas a força dos que têm supremacia (povo do sul e sudeste do Brasil), se dilui diante do talento de artistas nordestinos, que em outros tempos precisavam dos "palcos" cariocas e paulistas, e hoje não mais. Essa união de baianos que você supõe existir, se de fato houver, é justa. Repara injustiças que sofremos onde somos mais fracos. No poder da arte, que vem do talento, e não se aprende nas péssimas escolas que contemplam o nordeste do país, a Bahia mostra a sua cara e incomoda. Viva Gal, Bethânia, Caetano, Gil, João Gilberto, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e outros e outros, que unidos ou não, representam um canto do Brasil que ainda tem muita energia para gastar. Acredite!

Um comentário:

Daniel disse...

É isso aí Kbça!!!
clap, clap, clap, clap...