segunda-feira, 29 de junho de 2009

semelhanças

Ô domingo gostoso! Triunfo da Seleção, de virada, sobre os Estados Unidos na decisão da Copa das Confederações, jogando com muita técnica e, principalmente, muita raça. Em seguida, a primeira goleada do Vitória no Brasileiro 2009. Dormi de alma lavada! Mas algo ainda me intriga: a desconfiança do torcedor em relação a esses dois times: a seleção brasileira e o Vitória. Ler o artigo do amigo e competente jornalista, Cecílio Angelico, no Correio* de hoje, foi um motivo a mais para falar sobre isso.
Dunga, que parece ser o alvo principal da tradicionalíssima torcida brasileira, tem resultados a seu favor que lhe dão respaldo para não gerar essa dúvida exagerada. Ganhou a Copa América, a Copa das Confederações e lidera as Eliminatórias para a Copa de 2010. Eu não compreendo o temor do torcedor quanto a esse profissional comandando a seleção. Com o capitão do tetra como técnico, a Seleção aboliu o estilo "bonequinha de louça" e muita "risadinha" e passou a jogar com mais determinação, humildade e raça. Menos firula sem objetivo, mais seriedade. Menos "showzinho" particular, mais resultado e interesse coletivo acima de tudo. E o fruto disso são os números que são responsáveis por manter Dunga há três anos no cargo. Talvez treinadores consagrados já tivessem caído (como já aconteceu), talvez Dunga vá à Copa e seja um fiasco... Mas como ele mesmo disse e eu endosso: "futebol não tem passado e nem futuro: futebol é presente". Dunga está aí e eu confio.
A chatinha torcida do Vitória é a mesma coisa. O estilo gaúcho e "pegador" de Carpegiani, um verdadeiro professor da bola, é abominado pela enjoadinha torcida do rubro-negro baiano. O eterno perfil de não "pensar grande" faz com que o torcedor do Vitória prefira, no decorrer do campeonato, aplicar e receber goleadas, dar e tomar shows de bola, e depois morrer na praia, do que um time estável, seguro e que faz o seu dever com afinco, focando o resultado. 10x0 e 1x0, antes de tudo, representam os mesmos três pontos. Se der pra ganhar e golear, como fez ontem, ótimo. Se não, melhor ganhar de 1x0 e garantir a pontuação máxima, do que se arriscar demais para ampliar e ceder o empate ou a própria derrota. Mas a nojentinha torcida do Vitória não está indo para o estádio sob alegação de que não dá para confiar nesse time de 2009, que ocupa a terceira posição em oito rodadas. É para confiar em que time, então?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

extravagância popular

Nem sempre sucesso e talento andam de mãos dadas. Aliás, no cenário musical contemporâneo quase sempre esses adjetivos estão brigados. Cresce a cada dia a quantidade de artistas e bandas com estrelato mundial, mas efêmero. Que se dissolve em pouquíssimo tempo. Mas o norte-americano Michael Jackson passou longe dessa regra. Para muitos, ele lidera a lista de maiores artistas de todos os tempos. Soube casar com perfeição a dimensão de ser um astro da música popular mundial com um talento artístico indiscutível. Fruto disso foram suas performances e canções, que habitam o inconsciente coletivo, e os números: ele já vendeu mais de 750 milhões de discos.
Porém, o "rei do pop" também deixou como marca registrada suas excentricidades, certamente oriundas de traumas psicológicos acumulados em conturbada relação com o pai. A obsessão pela juventude e por um "padrão de beleza" (leia-se branco do cabelo liso!) imposto culturalmente em todo o planeta, o fez escravo dele próprio. Michael Jackson morava, até recentemente, em um rancho gigantesco, na Califórnia, cujo nome significava "Terra do Nunca", numa reverência ao famoso ícone da eterna jovialidade, Peter Pan. Adorava ficar rodeado de crianças. Teve três filhos com nomes um tanto narcisistas: Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II.
Contudo, o maior exagero da vida de Michael, sem dúvida, foi a mutação física por que decidiu passar. As cirurgias plásticas por questões meramente estéticas - e num período em que estava ainda bem jovem - são "café pequeno" perto da processo camaleônico do astro pop. Ele literalmente mudou de cor. Deixou de ser negro e virou branco, sob contestada alegação de problemas de pele. Foi a maior aberração de que se tem notícia no universo artístico. A falta de visão do futuro - pois a auto-estima do povo negro nunca esteve tão alta - o fez se transmutar em busca do padrão de beleza.
Com renascimento previsto ainda para 2009, pois ele já estava morto para a música há mais de 15 anos, Michael Jackson, a carcaça, morreu ontem (25), surpreendendo a todos (pois não vinham sendo publicadas notícias de problemas de saúde dele), após uma parada cardíaca. Mas o principal é que ele deixa um legado musical digno, concreto e imortal.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

trabalho escravo

Debater e analisar questões para acabar com o trabalho escravo no Brasil. Esse é o objetivo principal da Oficina sobre o Segundo Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. O evento está com incrições abertas e será no dia 17 de julho na sede administrativa do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª região, em Nazaré. Além do jornalista e coordenador do site Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, estarão presentes os juízes do trabalho, Maria das Graças Freitas (3ª região), Marcus Mendes (15ª região), Jônatas Andrade (8ª região), e o desembargador do TRT8, José Maria de Alencar.
A oficina, que tem o apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, será aberta com a exibição do filme Aprisionados por Promessas e com a apresentação de um diagnóstico do trabalho escravo contemporâneo. Em seguida, haverá exposições sobre o suporte normativo e conceitual do combate ao trabalho escravo e também sobre a efetividade do processo judicial na repressão e prevenção dessa atividade, bem como as possibilidades de promoção do meio ambiente do trabalho.
Em meio a essa programação haverá também a apresentação de caso real de trabalho análogo à escravidão. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelos telefones (71) 3319-7158 e (71) 3319-7159 ou através do email
escolajudicial@trt5.jus.br.
P.S.: texto adaptado da Ascom do TRT5.

jornalismo esportivo: razão e emoção

Pivetinho, lá pelos cinco, seis anos de vida, subia nos ombros de Lelo rumo aos duelos do Vitória. Mesmo sem entender nada de bola, toda quarta e domingo chegava no maior queixo pedindo para ver o Leão da Barra. A figura em questão é meu pai, responsável por inspirar em mim essa paixão: rugir pelo Leão para sempre. O coroa ficava feliz por ver o único filho, na época, com tanto chamego ao clube de tanto apreço aos seus olhos: “Esse é meu Leão. Vamos pra Toca?”
O tempo passava e Angelon, meu apelido de infância, mais e mais ligado no movimento Barradão. Ainda criança, comecei a perceber como era duro ser Vitória. Todo dia, um bate-boca com um amigo tricolor, na esportiva. “Você não tem título nacional”, escutava, doído.
Eles não sabiam, mas só fortaleciam minha paixão por esse velhinho vencedor de 110 anos. Na adolescência, a situação era semelhante. De diferente, só meu conhecimento sobre a redonda, um pouquinho mais apurado.
Nessa fase, tentei testes na Toca. Queria navegar mais na onda de me entregar pelas cores vermelha e preta. Passei em dez peneiras e cheguei a bater bola com os garotos nascidos em 1988. Duas semanas para eternizar. A doce imaginação me permitia ser um Petkovic da vida. Não rolou pra mim como jogador. Pouco mais tarde veio a inquietação do vestibular.
Resolvi ser jornalista esportivo, ou melhor, de futebol. E hoje, cá estou num jornal, logo na editoria dos meus sonhos. Escrevendo coluna e tudo. Que moral para um cara de apenas 21 anos!
Pensei: que tal ser sincero na minha estreia no "Pratas da Casa"? Admitindo para você, caro leitor, que meu coração pulsa por sete letrinhas: V-I-T-O-R-I-A. Ainda sobra um acentozinho agudo ali em cima do "o".
Se acredito em sinceridade, assim posso me sentir melhor. Isso aqui é esporte, cumpade! Quem escreve nessas páginas, é movido por uma paixão que antecede a rotina profissional.
Quando era apenas leitor, queria saber quem era a “pessoa” jornalista que escrevia pra mim. Agora, presenteio aqueles que dividem comigo essa curiosidade. Na arquibancada, nas folgas do serviço, amo o Vitória. Na hora de sentar para escrever, entrego-me. Na redação do Correio*, a missão é fazer o melhor para Vitória, Bahia, Galícia e todos os outros. Noticiar com integridade é meu golaço profissional diário.
Um dia quero entender os jornalistas que escondem sua paixão. Por quê? Será mais fácil seguir essa trilha? Pronto, já sabem muito de Angelo Paz. Vitória no sangue e jornalista esportivo na vida. Sabe, com muito orgulho, com muito amor: à bola e ao texto”.


Muito bem escrito, o texto acima é de autoria do jovem e competente jornalista Ângelo Paz. Foi publicado segunda-feira (22), na coluna “Pratas da Casa”, do jornal Correio*. Nestas linhas, Paz, apesar de ter a imparcialidade como mote do seu trabalho, assume sua paixão: é torcedor do Vitória.
Há anos se perpetua aqui em nosso estado, principalmente por uma determinada categoria de jornalistas esportivos, uma ideia sem nexo de que o profissional de jornalismo esportivo não pode torcer para time nenhum, ou, pelo menos, não deve revelar sua paixão. Esse comportamento tão propagado e predominante na Bahia, beira mais incompetência do que ética profissional.
A manifestação de Paz chega em um momento oportuno e, certamente, é o pontapé inicial de uma mudança tão almejada nos bastidores do jornalismo. É um chute certeiro na hipocrisia que ainda reina em uma classe profissional, intelectualmente, muito heterogênea.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

realmente fabuloso

Calando um sem número de críticos da imprensa esportiva e outros incontáveis torcedores brasileiros, Luís Fabiano vem se firmando como o novo camisa 9 da Seleção. O atacante do Sevilha, da Espanha, faz gol de tudo quanto é jeito: de classe e de canela, de chute forte e colocado. É alto e esguio e sabe usar esses adjetivos a seu favor. Faz bem, tanto o trabalho de pivô, quanto girar com rapidez sobre o marcador e encarar o goleiro adversário. Tem velocidade, arrancada, força e raça. Com tantas características, e controlando mais o destempero em campo, até a Copa de 2010, é bem provável que o torcedor brasileiro coloque-o no lugar de destaque que ele vem fazendo por merecer.

sassá mutema

Sou daquele tempo de que o camisa 10 de um time é... o camisa 10! E o camisa 10 sempre foi o craque do elenco, geralmente um meia mais avançado, o maestro mesmo. Imortalizaram essa camisa, nomes como Pelé, Maradona e Zico.
O Vitória, no seu afã de ser time grande, mas com comportamento de time pequeno, teve uma época em que certos jogadores já vestiam a 10 no aeroporto. Foi o caso de Petckovic, Bebeto e o próprio Ramon, jogadores de renome que marcaram a história do rubro-negro baiano. Analisando a categoria desses três atletas, dá até para entender.
Mas o Bahia me veio com uma "daquelas". Assistindo hoje pela manhã, os melhores momentos de Bahia 1x1 Ipatinga, pela série B do Campeonato Brasileiro, vi que Joãozinho marcou o gol do tricolor baiano. Reparando bem, notei que ele vestia a camisa 10. É nítido que a entrega dessa camisa a ele, que é centroavante de área nato, é uma mera simbologia para o torcedor (o bobo da côrte), de que Joãozinho é o grande craque do time. Se assim for, chega a ser humilhante para a imensa e apaixonada torcida do Bahia, ter Joãozinho, atacante mediano e sem expressão, como salvador da pátria e mentor do time.

o sabor

Quem torce para o Vitória há alguns anos, sabe bem o que é ser inúmeras vezes injustiçado no futebol. Já não tenho mais em memória quantas vezes o rubro-negro baiano jogou melhor que o adversário, mas no final das contas, sofreu a derrota. Só para buscar um exemplo bem recente, basta lembrar a partida contra o Palmeiras, neste Campeonato Brasileiro, em que o Vitória perdeu por 2x1. Neste confronto, o time baiano foi esmagadoramente superior ao alviverde em todos os 90 minutos, mas saiu derrotado de campo.
Sábado (20), o Vitória venceu o Botafogo por 4x3, no Barradão, com uma apresentação de regular a ruim na maior parte do jogo. O time carioca começou meio desconcentrado, mas quando se encontrou, mandou na partida e empatou em 3x3, quando perdia por 3x1. Porém, dessa vez, mesmo sem merecer, Apodia marcou no finalzinho o quarto gol do time baiano, e o amargor que costuma habitar o paladar do torcedor do Vitória, mudou de lado. Tivemos, então, o deleite de sentir o doce (com uma pitada de azêdo, devido à apresentação mediana!) gosto da vitória sofrida.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

vacina

A Bahia vai moblizar mais de 27 mil trabalhadores e terá oito mil postos em todo o estado para o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, neste sábado (20). A meta da Secretaria da Saúde (Sesab) é imunizar 1,275 milhão de crianças menores de cinco anos. O trabalho de intensificação vacinal, dentro da primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, teve início no dia 9 de junho. A campanha, que se estenderá até o dia 3 de julho, tem como principal objetivo manter a erradicação da doença no Brasil.
A coordenadora do Programa de Imunização da Sesab, Fátima Guirra, reforça que ainda existe risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, devido à importação de casos provenientes de países endêmicos, como Nigéria, Índia, Paquistão e Afeganistão. “A vacina oral contra pólio é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da doença”, afirma a coordenadora.
Durante a campanha, além da vacina Sabin, contra a Poliomielite, que deve ser aplicada de forma indiscriminada em todas as crianças menores de cinco anos, a Sesab disponibilizará, para serem aplicadas seletivamente, a fim de iniciar ou completar o esquema vacinal das crianças menores de cinco anos, as demais vacinas do calendário básico: BCG (contra as formas graves da tuberculose), contra hepatite B, tetravalente (contra tétano, coqueluche, difteria e meningite por Haemophilus tipo B), DPT ou tríplice (contra difteria, tétano e coqueluche), DT (contra tétano e difteria), tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) e rotavírus humano (contra infecção por rotavírus).
Desde 1988, quando a Assembleia Mundial de Saúde aprovou a meta de erradicação da Poliomielite, um progresso extraordinário vem sendo alcançado com a redução da doença em mais de 99% e do número de países com transmissão endêmica em mais de 96%. No Brasil, em 1989, foi registrado o último caso da doença e, em 1994, o país obteve o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. No entanto, para evitar a reintrodução do poliovírus, ainda presente em alguns países, é necessário manter as campanhas de vacinação.
P.S.: texto extraído da Agecom

dar ou receber?

Se, pelo título, alguém pensou que o assunto é sexo, acertou. O assunto é sexo, sim. Mas essa dúvida na troca não se refere ao comportamento durante o ato sexual, mas sim a uma discussão com crianças em sala de aula sobre o tema. É fundamental (e regulamentado pela Secretaria de Educação), que estudantes dessa faixa etária esqueçam essa historinha de "cegonha" e saibam realmente os trâmites que envolvem o surgimento de um bebê e questões relacionadas ao sexo. Acontece que um professor de geografia (???), do Colégio Estadual Marcílio Dias, em São Tomé de Paripe, assumiu a oficina de orientação sexual na escola e, obviamente, não saiu algo proveitoso. Debater um assunto dessa complexidade com crianças em fase de descoberta e curiosidade, ainda mais no âmbito acadêmico, requer um aparato teórico especializado. Provavelmente o professor de geografia (???) não possui. E é de se imaginar que o facilitador, um adulto, vai prestar mais informações do que receber, nessa discussão. Porém, o tal professor de geografia (???) mandou os alunos para casa (alguns têm 9 e 10 anos de idade) com algumas questões para ele resolverem, tais como: "você transaria com alguém por amor, por curiosidade ou porque as amigas já fizeram?" ou "você ficaria sem fôlego ou sentiria frio na barriga se tivesse contato mais íntimo com outra pessoa?". As indagações do tal professor de geografia (???) estão cheirando mais à fofoca e curiosidade (ou até pedofilia, por que não?) do que esclarecimento e troca saudável de ideias com os discentes. As discussões sobre sexo, ainda mais para crianças oriundas de famílias mais pobres e sem instrução, é altamente válida, com o intuito de prevenir gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis. Porém, esse processo precisa ser ministrado por profissionais altamente capacitados e que dialoguem sob cunho pedagógico, e não da maneira asquerosa como o tal professor de geografia (???) o fez.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

caiu

O Supremo Tribunal Federal (STF), através de seus homens de preto, que estão acima do bem e do mal, decidiu ontem (17), por oito votos a um, que não é obrigado a ter o diploma de graduação em jornalismo para se exercer a profissão no Brasil. Eu nem vou perder meu tempo aqui, discutindo essa decisão canhestra dos "indiscutíveis" do STF. Mas queria muito saber porque se colocou essa questão em pauta. Por que essa cisma exclusiva com a profissão jornalista?
De fato, existe muita gente exercendo a profissão sem a devida formação superior, e não posso negar que, aos trancos e barrancos, dá para fazer mesmo. Mas isso não é específico do universo do jornalismo. Basta lembrarmos de Frank Abgnale Jr., que nos 60, nos Estados Unidos, entre seus 16 e 21 anos de idade, teve múltiplas identidades e exerceu diversas profissões, dentre elas advogado e médico. Embolsou, ilegalmente, US$ 2,5 milhões (uma fortuna para a época), e virou tema do filme Prenda-me se for Capaz, de Steven Spielberg. Portanto, se essa "teoria da experimentação" endossada pelo STF for levada ao pé da letra, um sósia do americano esperto pode aparecer e ocupar uma cadeira do alto escalão e eles ficarem lá... "comendo pizza"!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ingrata surpresa

Morena, uma cadelinha de rua, que fez da porta da minha casa, sua residência, foi atropelada na última segunda (15), à tarde. Ela transitava por lá, como sempre faz, ao ser atingida por um motorista irresponsável. E ele é realmente imprudente porque o local é uma rua sem saída, predominantemente residencial e cheia de quebra-molas, visto que, além das casas, há duas escolas que atendem a crianças especiais. Portanto, é quase impossível cometer um acidente desse tipo sob essas condições. Ele tentou se redimir do grave erro e conduziu Morena, em companhia de meu irmão Rogério, ao Hospital de Medicina Veterinária (HOSPMEV), órgão vinculado à Escola de Medicina Veterinária (EMV), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). E é aqui que começa minha indignação.
Eu soube do ocorrido, superficialmente, ontem (16), no final da manhã. Tinha compromisso à tarde, mas contei com a compreensão da diretora da empresa em que trabalho, e fui ao Imbuí buscar Morena para levá-la novamente ao HOSPMEV, em Ondina, conforme recomendação dada na segunda-feira pelo médico que a atendeu. O que ficou diagnosticado foi que ela teve uma luxação na pata traseira direita (o fêmur saiu do devido lugar, mas não houve fratura). Esse quadro, obviamente, deixou o animal em estado de forte dor, aliada a inibição de excreções fisiológicas, principalmente fezes, e vômitos, apesar da falta de apetite.
Cheguei, também junto com meu irmão Rogério, ao HOSPMEV ontem, às 15h. Nunca tinha ido lá, só ouvido falar, e achava que era uma espécie de serviço público de saúde animal. Se a primeira impressão é a que fica, a minha foi péssima. Logo na entrada, o porteiro, com aquele comportamento típico do "tô nem aí" levou uns cinco minutos para abrir o portão, apesar de avisado por transeuntes sobre a minha presença, enquanto eu aguardava com a parte traseira do carro tomando um bom pedaço da avenida Adhemar de Barros e causando certo perigo ao trânsito local. Sem nem olhar para minha cara, como se me fizesse um imenso favor e de má vontade, ele lentamente puxou a grade enferrujada. Não tinha vaga. Como diz Faustão, me virei nos 30 segundos e coloquei o carro numa brecha improvisada que encontrei, enquanto Morena despejava um vômito no interior do carro.
Quando Rogério tirou ela do carro e colocou no chão, já dentro do pseudo-hospital, ela urinou. Havia um certo tempo que ela não fazia isso, portanto foi algo aceitável. Mas a urina ficou lá. Ninguém limpou. Não havia funcionário responsável por isso. Outras pessoas e cães passaram, pisaram e a urina secou. Antes de ser atendido, dei uma olhada ao redor. Muita gente. Calor. Moscas. Fedor. Sujeira. O piso estava absurdamente encardido. Pensei e lamentei: esse é mais um retrato de um serviço público gratuito no Brasil. Foi certamente por isso que sequer limparam o xixi de Morena e esse quadro lastimável que relatei. Ledo engano. O HOSPMEV não presta nenhum tipo de serviço público de graça. Tudo lá é pago. Têm as máquinas de cartão de crédito (para parcelar em, no máximo, duas vezes, o valor tem que ser acima de 100 reais) e tabelas de preço de todos os procedimentos. O cliente mal avisado terá custo até se for levar seu bichinho para cortar as unhas, imagine um procedimento cirúrgico, como o caso de Morena? Acontece que lá tem toda a "cara" de um serviço público, que em nosso país significa desrespeito e imundície, mas não é. Nós estamos tão agredidos com as mazelas dessa nação nojenta, que se fosse gratuito, eu suportaria. Retado, mas calado. Porém, como diria Lady Kate: "tô pagando"... aí não dá!
Tivemos um atendimento bem ruim logo na recepção. O funcionário agiu como quem "não gostou" que tivéssemos levado ela às 15h. Ele considerou um horário tardio. Tomamos uma bronca dele! Mas ele achou tardio pelo seguinte. O horário de atendimento do HOSPMEV é hilário: de 8h às 10h30 e das 14h às 15h30. Depois do "escalde", foi a vez do chá de cadeira (aliás, um banco todo por um e de assento duro e exageradamente desconfortável), de duas horas, em meio àquele ambiente horrível e angustiante. Como é possível um hospital com um quadro composto por 10 médicos veterinários, um farmacêutico, dois biólogos e infinitos estudantes, o paciente esperar duas horas para ser atendido? E pagando por isso??? Parece piada de mau gosto. Antes fosse.
Na hora do atendimento (coletivo por sinal, pois já tinha um gato lá...???... e depois entrou outro cachorro), mais decepção. Nítido desdém por parte da equipe médica, pois enquanto uns atendiam, outros conversavam, tiravam e esclareciam dúvidas, entravam e saíam... um desrespeito geral. Apesar de terem recomendado trazer ela logo no dia seguinte e da demora no atendimento pouco personalizado, o especialista em ortopedia animal não estava lá. Morena foi amordaçada com uma fita de nylon (como assim???)! Isso mesmo, uma fita de nylon improvisada que a veterinária chamou de mordaça ao ir buscar. Após analisar a radiografia, a médica disse que o recomendado é a cirurgia mesmo, visando a amputação da cabeça do fêmur, com garantia de que ela iria andar normalmente e sem sequelas. Pedi o orçamento. Incluindo anestesia e materiais, a cirurgia custa 380 reais. Como um cão doente e espumando de raiva, cutuco Renato Russo e pergunto: "que país é este"?


P.S.: além da pergunta oriunda da canção de Russo, há uma outra questão mais particular. Visto que todo mundo ali é funcionário público e a estrutura é consideravelmente precária, para onde vai esse dinheiro?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

animal não é mercadoria

Se você tem algum interesse em dar e receber amor de um animal doméstico, a dica é: adote um! Mas não compre. Não sou hipócrita, eu já comprei. Mas mudei de opinião, ou melhor, formei uma opinião a respeito do assunto. Um bicho é um ser vivo e não uma "coisa" para ser "negociada" mediante dinheiro.
Existe uma quantidade incontável de animais em busca de amor, de carinho e de atenção. A enorme proliferação deles nas ruas, por diversos motivos, gera essa demanda. Deixe essa de ser chique para a sociedade e mostrar aos "outros" que o seu cão ou gato é de "raça", e, ao invés de "pagar" por um animal, abra as portas da sua casa e do seu coração a um bichinho que tanto espera por isso.
Se quiser agilizar isso agora mesmo, a sugestão é procurar a organização não governamental (ong) Célula Mãe, que fica em Cajazeiras. É um dos objetivos deles promover a doação de animais carentes, através da posse responsável. Mais informações através dos telefones (71) 3234-1553 e (71) 3395-1584.

vi o que vi e do que vi, gostei

Declaração do meia Andrezinho, do Internacional, após o jogo de ontem, contra o Vitória, no Beira-Rio: "eles vieram com o objetivo único de empatar e conseguiram". Esse jogo a que o razoável atleta colorado se refere é o mesmo que eu assisti? Creio que não.
No jogo que passou na minha televisão, foi o Vitória quem esteve mais perto de tirar o 0x0 do placar do que o Internacional. Enquanto Viáfara era (foi) mero espectador da partida, Michel Alves se desdobrava em defesas difíceis e viu, inclusive, uma bomba de Vanderson carimbar seu poste esquerdo. Após um início levemente superior, oInternacional não resistiu às arrancadas do time baiano, sempre nos pés de Leandro Domingues e Apodi, e a supremacia logo mudou de lado.
Na partida que eu vi, o Vitória foi superior, atacou bastante, e perdeu boas chances de marcar até os 20 minutos do segundo tempo. Após a entrada de Taison, que é rápido e enfrentou os marcadores já com um certo desgaste, o colorado teve mais posse de bola e fez pressão. Abafou os baianos no seu campo, mas isso não se revertou em perigo de gol em nenhum momento, tanto que Viáfara não fez uma defesa sequer.
Apesar de só ter trazido um pontinho dos seis que disputou na mini excursão, servem de consolo para a torcida rubro-negra, as boas atuações da equipe, que jogou bem e para ganhar as duas partidas que fez fora do Barradão. Tudo o que percebi nesses jogos, tomara que sejam bons sinais para os duelos contra Botafogo e Santo André.


P.S.: não por opção, mas por falta dela, Tite não pôde escalar Nilmar e Kléber (servindo à seleção brasileira); Guiñazu e Lauro (cumprindo suspensão automática) e D'Alessandro (contundido).

sexta-feira, 12 de junho de 2009

simplesmente amar

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim, você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia
romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao resto é imbatível Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
P.S.: esse texto não é meu e eu também não sei quem é o autor: recebi por email. ele foi postado aqui em maio, mas recoloquei hoje, no dia dos namorados. além disso é uma homenagem a meu pai, que tem 72 anos, e ainda acredita que o amor é fruto de motivações e explicações.

lua gonzaga

Época de festas juninas, momento propício para relembrar o maior nome do forró em todos os tempos: Luiz Gonzaga. O chapéu de couro, os trajes típicos do nordeste, a indefectível sanfona apinhada no peito e o sotaque carregado sempre foram marca indelével desse homem. Nascido em Exu, interior de Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912, o velho “Lua” já tinha, desde pequeno, inclinações musicais. Além da influência do pai, o lavrador e sanfoneiro Januário, ele admirava os músicos que se apresentavam nas feiras e festas religiosas.
Atitude muito comum para os "cabras" da região nordeste (principalmente naquela época), decidiu sair da sua terra natal e tentar ser artista no centro-sul do Brasil. No início dos anos 40, já no Rio de Janeiro, Gonzagão percebe que muitos imigrantes nordestinos, que tinham vindo para o eix0 Rio-São Paulo do país em busca de prosperidade, sentem falta de ouvir as músicas características do lugar onde nasceram. Após peregrinar nos bares e botecos da capital carioca tocando e cantando, ele resolve compor canções que representem as peculiaridades do povo do nordeste do país.
Começava a surgir, então, o homem que futuramente seria, com justiça, chamado de o “rei do baião”. Foi a partir dessa época que Luiz Gonzaga começou a fazer suas próprias canções que ficaram famosas e marcadas no imaginário popular. Em parceria com Humberto Teixeira, compôs temas como Baião, de 1946, e Asa Branca, de 1947. Com o pernambucano Zé Dantas, Gonzagão assinou Xote das Meninas, de 1953, e Riacho do Navio, de 1955.
No meio dessa produção toda, em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz a um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça – iniciado provavelmente quando ela já estava grávida (ele era estéril) – e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, Xavier e Dina, com a assistência financeira do artista.
Mas o auge da carreira do velho “Lua” se deu mesmo entre 1945 e 1955, quando rodou o Brasil cantando as dores e amores de um povo mudo, sem voz. Apesar da queda no início dos anos 60, em meados dessa mesma década seu nome voltou às paradas, devido às gravações de suas músicas pelos jovens artistas que despontavam no país, como Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Geraldo Vandré.
Homenagens e reverências marcaram os anos 80 na vida de Gonzagão. Foi agraciado com o prêmio MPB-Shell, em 1984, e viagens para apresentações na França, em 1982 e 1986. Em junho de 1989, já bastante doente e envelhecido, Luiz Gonzaga participou de um show no teatro Guararapes, no Recife. Na ocasião, declarou: "Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, as aves, os animais, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor". Dois meses depois, morreu. Isso aconteceu exatamente no dia 2 de agosto, aos 76 anos, deixando uma obra com números impressionantes: 312 composições registradas e cerca de 210 discos gravados.


P.S.: no próximo dia 2 de agosto, são lembrados os 20 anos de morte de Luiz Gonzaga.

empacou

Por causa do julgamento dos casos Goldman e mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a análise do Recurso Extraordinário 511961, que trata da obrigatoriedade ou não do diploma de graduação em jornalismo para o exercício da profissão. É a segunda vez que isso acontece. No dia 01/04, o recurso também não foi discutido por falta de tempo.
A assessoria do STF informa que não existe previsão para que a questão seja novamente incluída na pauta. A expectativa era que o julgamento fosse ao menos iniciado, por esse motivo, estudantes e representantes de sindicatos de todo o País viajaram para Brasília para acompanhar a sessão plenária.
“Quando marcarem uma terceira data a gente vem de novo”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.
A obrigatoriedade do diploma está temporariamente suspensa desde o final de 2006, quando o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, acatou liminar do procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza.
Durante a transmissão da sessão plenária desta quarta-feira na Rádio Justiça, o repórter afirmou que, informações de bastidores dão conta que seis dos onze ministros se posicionaram, não oficialmente, contra a exigência do diploma.


P.S.: texto extraído do portal Comunique-se.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

bobagens

"Que diferença da mulher, o homem tem?". A indagação, pinçada da famosa canção Tem pouca diferença, de Durval Vieira, serve como parâmetro para as baboseiras que o vice-presidente executivo do Vitória, Jorginho Sampaio, proferiu na imprensa após a derrota diante do Palmeiras no último domingo (7).
Chiar pelo gol não validado pela arbitragem, cujo trio tinha uma mulher, é legítimo. Após bela cabeçada do atacante Roger, a bola entrou e o goleiro Marcos rebateu ela de dentro da meta. Mas a auxiliar Márcia Bezerra não viu. Ela errou em não apontar para o meio de campo. Errou como todo mundo erra, independente da diferença de gênero tão enfatizada por Sampaio. Para quem ver pela televisão, o lance é facílimo. Mas para ela ali no campo, o ângulo era péssimo, visto que o corpo de Marcos encobria sua visão. O engraçado é que nenhum jogador do Vitória (nem o próprio autor do gol) reclamou na hora. Se não protestaram é porque não viram também.
Mas a grande questão a se discutir é a maneira preconceituosa e arcaica com que o dirigente rubro-negro analisou a situação. Ele disse (ou melhor, ele insiste em dizer) hoje, no Jornal da Manhã, na TV Bahia, em entrevista ao repórter Ivan Andrade, que as mulheres devem apitar futebol feminino e homens, futebol masculino. Faltou ao jornalista fazer a simples pergunta que não quer calar: por que? Através de algumas "perguntas-afirmações", faço minhas conclusões. Márcia Bezerra até pode errar, mas só se for no futebol feminino, é isso? Para Jorginho Sampaio, o futebol de mulheres é algo menor? No futebol de "machos" podem haver erros mil (como já houveram e vão haver ainda), mas só se forem cometidos por homens? O erro de um homem é mais aceitável?
Enquanto o dirigente do Vitória proclama essa ilógica e infundada guerra dos sexos, em pleno século XXI, eu aguço minha sensibilidade e me curvo ainda mais diante do pensamento de Durval Vieira quanto às distinções entre homens e mulheres: "se for reparar direito, tem pouquinha diferença".
P.S.: Márcia Bezerra atuou também no jogo Flamengo 0x1 Vitória, ano passado, pelo Campeonato Brasileiro. Nesse jogo, o time carioca teve um gol legal, mal anulado e ninguém do Vitória disse que as mulheres deveriam trabalhar, exclusivamente, no futebol feminino, por isso.

terça-feira, 9 de junho de 2009

blog da petrobras

O blog institucional da Petrobras, Fatos e Dados, lançado no dia 02/06, tem sido alvo de críticas de jornalistas. A página tem publicado diariamente esclarecimentos, com as perguntas dos repórteres e as respostas dadas aos profissionais.
Veículos como O Globo e Folha de S. Paulo criticam a estatal por vazamento de informações, porque as respostas têm sido postadas antes da publicação das matérias nos jornais. Para a Petrobras, a publicação das perguntas e respostas não é ilegal porque as informações são públicas.
“A companhia entende que não houve quebra de confidencialidade ou ilegalidade na publicação das perguntas e respostas enviadas aos jornalistas (...) a relação entre a Petrobras e os veículos de comunicação que a interpelam é essencialmente pública (...) Tanto as respostas da Petrobras são públicas quanto as perguntas dos repórteres também o são, ou deveriam ser”, informa a estatal em seu blog.
A Petrobras diz que a página foi criada para apresentar dados e fatos recentes sobre as políticas da empresa e a posição sobre a CPI, além da publicação na íntegra das respostas aos questionamentos feitos pelos jornalistas.
No texto do blog de Reinaldo Azevedo, da revista Veja, "É hora de desprivatizar a Petrobras", o jornalista afirma que empresa decidiu “declarar guerra à imprensa” e que se trata de “manobra espúria” da companhia.
O jornalista Luis Nassif rebate em seu blog a acusação do O Globo de que a Petrobras estaria vazando as informações da imprensa. No post “O fim da era das perguntas em off" ele diz: “Depois de abusar de declarações em off, a imprensa começa a trabalhar o conceito das perguntas em off, uma inovação extraordinária.(...) Usar dossiês pode, divulgar grampos pode. Mas divulgar perguntas e respostas destinadas a matérias supostamente publicáveis não pode".
Procurada pelo Comunique-se, a Petrobras afirmou que continuará publicando seus esclarecimentos e respostas aos questionamentos dos jornalistas no blog, e que sempre que responde aos repórteres publica em seguida as respostas na íntegra em sua página.


P.S.: texto extraído do portal Comunique-se.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

bahia de são salvador

Com gravuras e pinturas, a mostra A Cidade do Salvador do Século 17 ao 19 expõe no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador, a visão local de artistas estrangeiros que passaram durante três séculos pela então conhecida Cidade da Bahia.
Nessa exposição do MAB, estão destacadas obras de sítios arqueológicos, construções, igrejas e vistas da Baía de Todos-os-Santos daquela época, como o Forte São Marcelo, o Convento do Carmo e a Praça do Governo. Essas obras possuem grande importância histórica por mostrarem a cidade do Salvador e as mudanças pelas quais as paisagens passaram, pela ação do tempo e do homem.
A exposição fica aberta ao público até o dia 30 de junho, de terças a domingos, das 14h às 19h. A entrada é gratuita. Outras informações através do telefone (71) 3117-6902.


P.S.: texto extraído do site da Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia (Agecom).

craque

Longe de ser uma de suas melhores exibições, a atuação de Kaká, sábado (6), contra o Uruguai, ainda assim, me fez manter a ideia de que se trata de um craque de verdade. Mesmo não tendo brilhado, teve a visão de jogo ao receber a bola na esquerda, parar e olhar para o outro lado e passar com perfeição (naquele gramado desgraçado!), o que resultou no gol de Luis Fabiano e, depois, sofreu e converteu o pênalti com extrema tranquilidade de craque.
Isso mesmo, no esplendor dos seus 27 anos, Kaká é um craque de bola. E o melhor de seu talento é que ele "desconstroi" um mito que sempre girou em torno de um jogador com definição de craque. Ele não é malabarista da bola, como Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Cristiano Ronaldo, por exemplo, que são execelentes jogadores, mas que, para mim, não são craques de fato!
Sem esquecer sua individualidade, ele é mais coletivo, tem mais visão de jogo, passa melhor, chuta melhor, tem mais força, arranque e velocidade que os outros três. Geralmente não "inventa" dribles, mas os que já existem, ele aplica sempre na hora certa. Ao estilo de Zidane (esse também um craque de verdade), é um jogador refinado, com postura, classe, elegância e nível intelectual bem acima da maioria dos outros jogadores.
Ao mesmo tempo que serve, sem receios, o companheiro mais bem colocado, marca muitos gols também. Tanto que está prestes a ser o artilheiro da "seleção" em jogos de Eliminatórias de Copa do Mundo. Palavras dele: "quero jogar essa Copa (2010) e a outra (2014)". Deus te ouça, Kaká, e os anjos digam amém!

se...

Se minha mãe fosse homem, eu não tinha nascido. Essa frase diz logo, e com grosseria, a dureza da partícula "se" no nosso idioma.
No jogo de ontem à tarde, entre Palmeiras e Vitória, em São Paulo, se Adriano tivesse a tranquilidade necessária, teria marcado pelo menos um gol nas duas claras chances que teve dentro da área palmeirense.
Se, ao invés de Vanderson, quem recebesse aquela bola, também dentro da área do porco, fosse outro jogador com mais faro de gol, a bola estaria "na rede", como diz o jornalista Thiago Mastroiani.
Se o árbitro tivesse validado o gol legítimo de Roger, ainda no primeiro tempo, o placar final do jogo, certamente seria outro.
Se o mesmo atacante Roger (que jogou muito bem e deve tomar a posição de Neto Baiano), não exagerasse no preciosismo e no esnobismo em querer fazer o gol "perfeito", o Vitória tinha enfiado mais dois gols no Palmeiras, mas nas duas vezes em que ele driblou Marcos, deu sempre um toquinho a mais.
Ironia do destino, novamente o bom atacante Roger recebeu um passe "com açúcar, com afeto" de Leandro Domingues, mas se não abaixasse a cabeça e chutasse sem nem olhar para o gol, teria marcado facilmente mais um tento.
Se Apodi tivesse a "humildade em gol" de Fio Maravilha, teria passado aquela bola para um dos companheiros mais bem colocados e, provavelmente, o Vitória teria feito mais um, mesmo que não fosse dele.
Se a sorte tivesse olhado para o rubro-negro baiano mais uma vez, como fez contra o Grêmio, aquele balaço de Leandro Domingues (craque de bola!), que deixou Marcos estático, tinha batido no travessão e entrado.
Enfim, se o futebol fosse domado pela justiça, nem o empate seria um resultado justo para o time baiano.


P.S.: aquela substituição de Robinho por Marco Aurélio contribuiu muito para a derrota.

domingo, 7 de junho de 2009

malabaristas do sinal vermelho

Esquina da avenida Manoel Dias da Silva e a rua Paraná, na Pituba. Domingo (hoje), 14h30. Cinco crianças com não mais de 10 anos, entre meninos e meninas tentam descolar alguns trocados para auxiliar nas despesas da suposta família e, infelizmente, sustentar seus "vícios". Eles se dividem entre limpadores de pára brisa e artistas, que fazem de pequenos cocos e pedaços de paus, malabares.
Dar dinheiro supõe um estímulo à prática e uma espécie de "remuneração" pelo serviço prestado. Provavelmente eles vão continuar ali, pois estão "achando". Esse ato também propicia para o doador uma sensação de "alívio", por assim dizer. É como quem pensa: fiz a minha parte, ajudei. Não dar, aparenta um comportamento mais rude, cruel e insensível. Porém, também pode ser um passo essencial para a diminuição da quantidade de crianças perambulando pelas ruas, sofrendo maus tratos e humilhações, e conhecendo o universo adulto e suas peculiaridades muito antes do tempo. Eis a questão.

sábado, 6 de junho de 2009

é dia de índio

Fazendo jus à saudosa canção de Jorge Ben, Curumim chama Cunhatã que eu vou contar, de 1981, o Guarani faz em 2009, sem dúvida, sua melhor estreia em um campeonato nacional. Após a vitória por 1x0, ontem (5), à noite, contra o Figueirense, em Florianópolis, o time campinense conquistou sua 5ª vitória em cinco jogos no certame. É 100%.
Vale lembrar que eles vieram da Série C, em 2008, e estão apostando muito no (bom) futebol de Caíque, revelado nas divisões de base do Vitória (mesma geração de Willians, que está no Palmeiras), e que já fez três gols no campeonato. Estão também por lá, os meias Walter Minhoca e Adriano Gabiru, e o competente treinador Vadão, que passou pela dupla BAxVI e vem se tornando um especialista em Série B. O Vasco e o Bahia que se cuidem!


P.S.: suponho que o nome de Caíque tenha tudo a ver com o time do Guarani!

justiça injusta

"Uma discriminação com o futebol do nordeste, pois nos times que treinei no centro-sul cansei de ver o efeito suspensivo ser conseguido”. Essa foi a honesta declaração que o treinador Paulo César Carpegiani (PCC), deu ao jornal A Tarde, sobre o insucesso do Vitória em conseguir um efeito suspensivo quanto à punição de oito jogos do atacante Neto Baiano, junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
É curioso mesmo, para não usar o adjetivo merecedor. Será que se Neto fosse jogador do Corinthians ou do Flamengo teria a mesma punição e teria o efeito suspensivo negado. Se pudesse apostar, eu apostava que não, com certeza. Mas ele é do Vitória, time do nordeste, único representante da Bahia no certame de elite, e é alvo mais fácil.
Quanto à punição, se de fato ele cometeu o ato asqueroso de cuspir no adversário (pois nenhuma imagem comprova a cena), é justa. Seria uma atitude inaceitável, totalmente fora do ambiente desportista, mesmo sob o nervosismo que dominava a equipe naquele fatídico dia. Mas ainda assim há o que se discutir quanto à justiça das punições.
Primeira questão: Diego Souza e Domingos, na partida entre Palmeiras e Santos pelo Paulistão desse ano, protagonizaram um dos mais primitivos duelos deste ano. Primitivo porque nada tinha a ver com futebol, mas com agressão física. Lastimável. Mas como o confronto deles foi pelo Campeonato Paulista, a punição será restrita ao Campeonato Paulista... do ano que vem! Ora, me faça uma garapa de limão balão bem gelada! E se eles não estiverem mais em seus times em 2010, como é que fica? Sendo assim, o mais justo seria Neto Baiano ser punido para a Copa do Brasil... do ano que vem! Ou não???
Outra questão a se ponderar é o tamanho da pena. Oito jogos é uma eternidade na carreira de um jogador. A atitude dele foi antidesportista? Foi. Mas o que Ronaldo, ídolo do Corinthians e do país fez, puxando com força o cabelo do zagueiro Fahel, do Botafogo (e flagrado por várias câmeras), foi "coisa de jogo" ou briga de rua, e tão antidesportista quanto a atitude de Neto? Mas ele pegou o gancho de apenas um jogo pelo ato. Ah, se Ronaldo jogasse no Vitória...

terra de luz

No ótimo blog do jornalista e crítico musical Mauro Ferreira, Notas Musicais (link na sessão "Outros blogs"), ele fez um texto sobre o novo trabalho de Ivete Sangalo, Pode Entrar. Um não: vários! Mas o novo projeto da cantora baiana, que envolve CD e DVD é, sem dúvida, o grande boom do mercado fonográfico, por se tratar da maior artista do Brasil e da complexidade do produto, que reuniu um time de 1ª categoria. E por isso é merecedor da enxurrada de resenhas que provocou pelo país.
No post que ele publicou no dia 04/06, intitulado "Pode Entrar dá upgrade na discografia de Ivete", há uma série de comentários dos internautas, o que é muito normal quando envolve artistas baianos de forte expressão como, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Daniela Mercury e, claro, Ivete Sangalo. Mas nessa leva de comentários um me chamou a atenção. Um cidadão chamado Caio colocou a opinião dele sobre a participação de Bethânia no Pode Entrar. Eu me senti obrigado a escrever também.


Caio disse:

Bethânia é baiana, por isso aceitou participar desse DVD! Os baianos são assim, eles nunca falam mal um do outro e estão sempre trabalhando juntos! É bairrismo!


Fábio Vasconcelos disse:

Eu sou baiano. E de Salvador (graças a Deus!). Ser baiano é bom demais. E o motivo de postar aqui é para lamentar a declaração de Caio. Nós não fazemos bairrismo não, Caio. Nós sofremos bairrismo. Sofremos preconceito. Como todos os cidadãos de estados nordestinos. Em qualquer âmbito. O sistema de cotas nas universidades públicas vem para suprir um erro e dívida histórica que temos com a população negra, independente de ser a estratégia mais coerente. Mas ela é cabível pelo tamanho da injustiça. É a mesma coisa (mas em outros tempos mais democráticos) na música brasileira. Mas a força dos que têm supremacia (povo do sul e sudeste do Brasil), se dilui diante do talento de artistas nordestinos, que em outros tempos precisavam dos "palcos" cariocas e paulistas, e hoje não mais. Essa união de baianos que você supõe existir, se de fato houver, é justa. Repara injustiças que sofremos onde somos mais fracos. No poder da arte, que vem do talento, e não se aprende nas péssimas escolas que contemplam o nordeste do país, a Bahia mostra a sua cara e incomoda. Viva Gal, Bethânia, Caetano, Gil, João Gilberto, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e outros e outros, que unidos ou não, representam um canto do Brasil que ainda tem muita energia para gastar. Acredite!

mais um round

O Supremo Tribunal Federal (STF), inseriu na pauta da próxima quarta-feira (10), o julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Porém, existe a possibilidade de o julgamento ser adiado novamente, já que o ministro Marco Aurélio declarou que levará o caso do menino Sean para ser apreciado na próxima sessão plenária.
O julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a necessidade de formação superior para a obtenção do registro profissional, já foi adiado
em uma oportunidade. Ele foi inserido na pauta do dia 01/04, mas não foi discutido por falta de tempo na sessão.
A discussão em torno do tema teve início em 2001, quando a juíza Carla Rister concedeu liminar suspendendo a exigência do diploma, acatando pedido do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo.
Em 2005, o Tribunal Regional Federal revogou
o entendimento de primeira instância, e o diploma voltou a ser obrigatório. Entretanto, o Ministério Público Federal recorreu e o caso foi para o STF.
No final de 2006, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, suspendeu temporariamente
a obrigatoriedade do diploma até que o caso seja julgado no Tribunal, o que pode acontecer na próxima semana.


P.S.: texto de Sérgio Matsuura

sexta-feira, 5 de junho de 2009

"t" de título

Parece que a cultura dos "galeguin de zói azul" que, por submissão histórica, absorve um país mestiço e um estado predominantemente negro, tomou mais um nocaute. Não apoio segregações, mas defendo a correção de injustiças implantadas sem lógica. Tiana e Thaís Araújo, além da primeira letra do nome, tem outras coisas em comum. Tiana é a primeira princesa negra da Disney, o universo encantado das brancas e loiras, que sempre foram o modelo de beleza mundial. Thaís Araújo será a primeira atriz negra a protagonizar uma novela em horário nobre na história da televisão brasileira.
Ruptura cabível no mundo contemporâneo (vide eleição de Obama), tomara que esse soco não agrida a hipócrita sociedade brasileira e mundial, a ponto de barrar o progresso. Já passa da hora de a população negra se estabelecer no mundo de forma independente e justa, com auto-estima e personalidade.


P.S.: mudança de fato será quando a estupenda e sensacional atriz Neusa Borges assumir um papel de madame na novela das oito, e eu estarei vivo para ver.

o torcedor e a seleção

Essa relação, que já teve momentos de glória, infelizmente, adormece no passado. E vários critérios foram determinantes para isso. A primeira questão é que a seleção brasileira deixou de ser a reunião dos melhores jogadores brasileiros, e virou uma grife. E das mais valiosas. Raramente se apresenta no país, e quando o faz, os ingressos são exorbitantes. E todo mundo sabe que o público majoritário do futebol é o "povão" mal assalariado, que não pode pagar ingresso caro. E na Copa de 2014 deve ser infinitamente pior!
Outra questão indiscutível é a convocação prioritária (acho até que é um pré-requisito para Dunga e se for tem até certa lógica) de jogadores que atuam fora do Brasil. A galera que acompanha os seus times aqui no Brasil não se identifica com jogadores do Milan, do Barcelona, do Chelsea e companhia limitada.
Portanto, o time canarinho é que vem se afastando da torcida brasileira. E a alegação principal, sem dúvida, é a falta de amor e respeito pela camisa amarela, por parte da maioria dos jogadores. Esse manto sagrado do futebol mundial é visto apenas como uma ponte para melhores "empregos", digamos assim, e uma ótima fonte de renda extra. Vestir a camisa da seleção com orgulho e representar o país é, talvez, a última coisa em que eles pensam.
O bom disso tudo é que a "massa", apaixonada pelo esporte bretão não é mais bobinha, e sabe o que rola nos bastidores. A resposta vem sendo dada com o passar do tempo em atos que comprovam a lamnetável distância entre torcida brasileira e seleção brasileira.


P.S.: Eu juro que nem sabia que tinha jogo da seleção amanhã.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

não fique moscando

Uma ótima pedida para as noites de quinta-feira é o dinâmico, rico e interessante programa comandado por Moska, no Canal Brasil: Zoombido. Em meia hora, ele recebe um compositor-cantor brasileiro (que sempre chega de táxi) em uma casa aconchegante, para um bate-papo sobre as nuances da composição. Frente-a-frente com o entrevistado, o papo flui, entrecortado por versões de canções do convidado ao violão (ou piano, se for o caso), e imagens curiosas produzidas pelo próprio apresentador, e termina com os dois interpretando uma música do convidado.
Após uma maravilhosa primeira temporada, com a participação de nomes como Lenine, Dalto, Eduardo Dusek e Zé Rodrix (que, infelizmente, faleceu no dia 21 de maio deste ano), a segunda temporada começou há uma semana, com, simplesmente, Zé Ramalho. Seguindo a aprovada linha de saudação aos magníficos compositores nordestinos, no programa de hoje, às 21h30, Moska conversa com Alceu Valença.

queixas do consumidor

A coisa mais "normal" do mundo é você estar num supermercado de Salvador e dar de cara com preços errados, falta de empacotadores, propaganda enganosa e até alimentos congelados inadequadamente. Essas são, inclusive, as reclamações dos consumidores que lideram o ranking de autuações nos supermercados.
Com o intuito de amenizar o problema, a Associação Bahiana de Supermercados (Abase) e o Sindicato dos Supermercados (SINDSUPER), organizam um seminário com membros da Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon).
O evento será na próxima segunda-feira (8), às 19h, na própria sede da Abase, no Jardim Armação, e terá também a presença do Secretário Municipal de Serviços Públicos, Fábio Mota. Mais informações através do telefone (71) 3444-2888.

salve o compositor popular

Há muito que ouço um papo, em qualquer pequena discussão sobre música, de que não há nada de novo nesse cenário no Brasil. Discordo totalmente. Confesso que nos dias atuais, há a necessidade de se "garimpar", digamos assim, para descobrir os nossos talentos contemporâneos. Tanto intérpretes quanto compositores (ou ambos!), eles não são poucos. Mas só para se ter uma ideia, somente três rádios na Bahia executam as produções desses artistas: Globo FM, Educadora FM e, principalmente, a Nova Brasil FM. E só essas três emissoras representam um percentual mínimo em comparação com a quantidade de rádios que não tocam.
Por isso, talvez, surja a falsa impressão de que depois de Caetano, Chico, Gil e Milton não virão mais ninguém. Ledo engano. Sem pretensões de substituição, há um caminhão de artistas super talentosos e competentes, alguns já conhecidos do grande público, como, por exemplo, Chico César, Zeca Baleiro, Lenine, Carlinhos Brown e Moska, e outros nem tanto (ainda!), como Moreno, Rodrigo Maranhão (foto), Kassin, Domenico e Edu Krieger tocando seus trabalhos aí por todo o Brasil.
Sexta-feira (5), às 21h, no Canal Brasil há uma esperada e grata surpresa aos que amam a boa música brasileira e seus bastidores. Estreia Pelas Tabelas, um programa semanal onde artistas da nova geração de compositores brasileiros conversam sobre suas trajetórias, seus trabalhos e a forma de relacionamento com a música. Se esse horário ficar ruim, não há desespero: há uma reprise todo domingo, às 12h.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

camaleão

Os amantes das saudáveis "invencionices" de Caetano Veloso - que agora traz canções com coração sambista e alma com acenos rock, tendo a guitarra de Pedro Sá quase sempre em primeiro plano - têm um prato farto para saborear sexta-feira (5), em Salvador, às 18h30. O guru baiano apresenta, no palco da charmosa Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), seu mais novo show, homônimo ao CD, Zii e Zie.
Na maturidade dos seus 66 anos (prestes a completar 67 em agosto de 2009), o inquieto artista mostra que ainda tem muito gás para gastar. No repertório do show, novas versões para A Voz do Morto, composta sob encomenda para Aracy de Almeida e gravada também por Geraldo Azevedo, e Trem das Cores, clássico de 1982, dedicado a atriz Sônia Braga. Além das antigas, traz músicas inéditas, como a gostosa e de fácil digestão Sem Cais e Lapa, cujo título só reforça a ideia de que o disco gravita, prioritariamente, em torno do universo "carioca da gema". Por isso, para fugir do óbvio, o nome do espetáculo significa "tios" e "tias" em italiano, uma homenagem também a São Paulo, a cidade mais italiana do Brasil.
A manutenção da banda enxuta, jovem e não menos competente, formada por Pedro Sá, Marcelo Callado e Ricardo Dias Gomes (denominada BandaCê), só alimenta a capacidade de transmutação de Caetano Veloso, o artista mais plural da música brasileira. Transamba, transrock, é Caetano em verso e prosa.

lentes de camelô podem cegar

Alertar e conscientizar a população sobre os riscos do uso de lentes de contato vendidas no camelô. Esse é o objetivo principal da palestra que o oftalmologista Leonardo de Oliveira apresenta hoje (3), no Hospital Santa Luzia, em Nazaré, a partir das 13h30. O evento terá a presença da presidente da Sociedade de Oftalmologia da Bahia (Sofba), Cláudia Brochado, e de pessoas que estão com a visão comprometida devido ao uso dessas lentes.
O Hospital Santa Luzia registra, desde janeiro de 2009, um quadro de cerca de 30 pacientes que contraíram úlcera de córnea e infecção bacteriana, e estão com a visão bastante prejudicada. “O uso dessas lentes sem acompanhamento médico pode levar à cegueira e gerar a necessidade de um transplante de córnea, que leva de seis meses a um ano”, destaca Oliveira.
Segundo o médico, os casos aumentam muito no período de festas populares, como Carnaval e São João, quando as pessoas se preocupam mais com a estética. “Os indivíduos compram essas lentes por, aproximadamente, 15 reais, apenas para mudar a cor dos olhos”, afirma.

animal não é artista

Para as espécies de animais que servem de animação em apresentações circences, hoje é um dia crucial. Mais ainda para os humanos que têm o mínimo de bom senso e entendem que lugar de animal, definitivamente, não é no circo.
Nesta quarta-feira, dia 3 de junho, será votado o destino dos animais explorados por circos no Brasil. Os deputados podem de acabar de uma vez com essa “barbaridade medieval” e seguir o caminho do mundo civilizado, ou, infelizmente, optar pela continuidade desse imoral e cruel meio de "diversão".
A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados reúne-se a partir das 9 horas, no plenário 10 do Anexo II, com uma extensa pauta de 32 ítens a serem discutidos e votados. Entre eles está o Projeto de Lei (PL) 7291/06, do Senado Federal, que “dispõe sobre o registro dos circos perante o Poder Público Federal e o emprego de animais da fauna silvestre brasileira e exótica na atividade circense”, a chamada “Lei do Circo”.
O relator do projeto, deputado Antonio Carlos Biffi (PT/MT) já proferiu o seu relatório, lido em plenário na reunião anterior, bem como foram lidos os votos em separado dos deputados João Mattos (PMDB/SC) e João Lira (DEM/PA). O projeto foi retirado de pauta e o relator pode ou não acatar as sugestões propostas pelos demais parlamentares.
Com diversos outros projetos tratando do mesmo tema apensados a ele, a “Lei do Circo”, ora em tramitação, vem mobilizando a sociedade civil. Isso pode ser demonstrado pelo apaixonado debate que tem provocando entre os defensores da proibição pura e simples do uso de animais em atividades circenses e aqueles que querem a regulamentação do tema.
A presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Maria do Rosário (PT/RS) acredita que, tendo ou não acordo entre as partes, o projeto deve ser votada nesta quarta-feira.
Nós, da sociedade civil, podemos agir também, mas fazendo jus à nossa nomenclatura, de forma civilizada. Basta enviramos e-mails, de forma educada, para os deputados pedindo que aprovem o substitutivo do PL 7291/06. Isso proíbe de uma vez por todas a utilização de animais em circos por todo o país.
Se achar relevante, escreva aos deputados indicando em que cidade e estado você vota. É muito importante que eles saibam disso. Marcell Moraes, coordenador geral do Germen, sugere um modelo que pode ser usado pelas pessoas que têm interesse, de fato, em escrever para os deputados.

Sugestão de Texto:

“Prezado Deputado, eu e minha família somos contra o uso de animais em circos e lembraremos do seu voto nas próximas eleições. Pedimos que vote pela Aprovação do substitutivo do PL 7291/06 que proíbe a utilização de animais em circos no Brasil.”

Os nomes e contatos dos deputados, estão disponíveis no portal da Câmara:
http://www2.camara.gov.br/


Fontes: Germen e Assessoria de Imprensa da Comissão de Educação e Cultura

segunda-feira, 1 de junho de 2009

um axé para o rei

A justa e merecida homenagem a Roberto Carlos pelos seus 50 anos de carreira feita por um time de cantoras brasileiras foi aquém do esperado. O especial Elas Cantam Roberto, exibido ontem (31), na TV Globo, teve seus altos e baixos, por assim dizer.
Logo na abertura uma grande decepção. Uma das maiores cantoras do país e, sem dúvida, a maior artista do Brasil já há alguns anos, Ivete Sangalo não arrebatou na interpretação de Os seus botões. Música surgida na época de maior inspiração de Roberto e Erasmo, uma das maiores joias da leva de canções de cunho erótico da dupla (..."nos lençois macios, amantes se dão, travesseiros soltos, roupas pelo chão..."), ela não teve a letra enfatizada como deveria. Os graves afinados de Ivete, como diria Bethânia, são indiscutíveis. A capacidade vocal da juazeirense não está mais em pauta faz tempo, mas ontem ela deixou a desejar no quesito interpretação. Por isso, a música passou e ninguém viu!
Diferente de sua conterrânea Claudia Leitte. Apesar de ser uma cantora que ainda precisa amadurecer e aperfeiçoar o canto, a novíssima baiana arriscou mais na apresentação. Não fosse alguns deslizes e derrapadas - frutos da gana de acertar - Claudia Leitte teria sido perfeita. A ex-vocalista do grupo Babado Novo cantou de dentro pra fora e dramatizou expelindo verdade no cantar. Falando sério, outro diamante da lavra de Os seus botões, entrou pelos ouvidos e conseguiu chegar na alma do espectador.
Coube a Daniela Mercury descascar um abacaxi, daqueles bem azedos. Cantora madura e com respaldo no cancioneiro brasileiro, a baiana elétrica ficou, paradoxalmente, com a batida e já sem graça, Esqueça, música da época da Jovem Guarda, e quem nem é de Roberto Carlos. E o pior: segurar "as pontas" para Wanderléa, cantora muito limitada que só foi escalada por fazer parte da trupe inicial de Roberto e Erasmo.
A verdade é que a homenagem feita pela mulherada, de um modo geral, foi bonita e elegante, mas também cansativa e pouco antenada com a musicalidade atual. Apesar da presença de instrumentistas contemporâneos na banda, como o percusionista Leonardo Reis, os arranjos tiveram ainda aquela cara de mil novecentos e "bolinha"! A sentida ausência de nomes como Maria Bethânia, Gal Costa, Simone, Marisa Monte e Vanessa da Mata, quase transforma Elas cantam Roberto em um verdadeiro desencanto.

golaço

O bom goleiro Vitor, do Grêmio, que salvou o time do Rio Grande do Sul de tomar um bocado de gols no jogo de ontem (31), à tarde, no Barradão, deu mais uma das declarações pouco humildes que costumam povoar a língua da maioria dos jogadores e profissionais de imprensa do sul e sudeste. Ao comentar o golaço que levou, em um chutaço de Leandro Domingues, e que decretou a merecida vitória do rubro-negro baiano, o goleiro do tricolor gaúcho foi categórico. "Ele foi feliz. Pode tentar mais 50 chutes desses que não vai acertar nenhum. Lance de pura felicidade", afirmou. Lance de felicidade foi mesmo, ainda bem! Mas duvidar da capacidade de um colega de profissão assim, descaradamente, é algo lastimável. Leandro Domingues é um meia avançado habilidoso, forte e rápido, que foi revelado nas divisões de base do Vitória. Seu futebol, quando ele está aceso no jogo, pode definir partidas. Tanto que ele já passou por grandes times como Cruzeiro e Fluminense, devido à sua capacidade profissional. Muito além das 50 chances ofertadas pelo arqueiro Vitor, se Leandro chutar mais 999 vezes e não acertar a "gaveta" de novo, isso são só suposições baratas e "choro" de perdedor. O que importa de fato, é que um "tirambaço" entrou "aonde a coruja dorme" e coroou a grande atuação do time baiano.