sexta-feira, 31 de julho de 2009

bobagens meu filho, bobagens

O motorista do buzú, passando em frente ao Salvador Shopping, dispara para a pessoa com quem conversa enquanto dirige: "aí é tudo mais caro, é shopping para elite e não trabalha preto aí não viu, os caras são racistas". E continua o festival de asneiras. "Uma pipoca aí é R$3,00. No Center Lapa, você ganha uma pipoca quando entra no cinema". A garota e parceira de diálogo sorri amarelo e meio tímida diz: "mas o cinema do Center Lapa é pequenininho". Ele finge que é surdo. "Heim?".
Pois é, senhor motorista, vamos começar do começo. Esse complexo de inferioridade é um discurso velho e já está bem fora de moda. Os preços dos produtos no Salvador Shopping são iguais aos preços aplicados nos outros grandes centros comerciais da cidade, como Iguatemi, Paralela e Barra. Até porque, de um modo geral, as lojas são as mesmas. Eles pregam no próprio slogan que são diferentes. Mas a grande diferença está na qualidade dos materiais usados na construção e acabamento do prédio (o que impressiona muito), e no conforto ofertado ao cliente.
A impressão que se tem é que o motorista do ônibus, que na sua fala representa uma camada significativa da sociedade, nunca entrou no shopping. E se entrou, foi com uma pulga atrás da orelha, cismado, e se achando inferior às outras pessoas. Porém, quando foi inaugurado, o shopping abriu as portas para quem quiser entrar e tiver competência para trabalhar e não somente para quem é rico e branco.
A outra bobagem do senhor motorista consiste na dificuldade que as pessoas têm em avaliar seu consumo na relação custo-benefício, e não só o custo. A pipoca de graça que o cliente recebe ao entrar no cinema do Center Lapa é muito ruim. É fria e mole. A salinha onde passa a película é suja, com os equipamentos quebrados e defeituosos, som tosco e vídeo de péssima qualidade. Além da telinha do tamanho de uma TV de 42". O filme é o mesmo que se assiste no salão super limpo do Cinemark, com poltronas reclináveis e de couro, ar condicionado empedrando as pessoas, áudio e vídeo de última tecnologia, e tela gigante. Pois é, o filme é o mesmo, mas os preços são diferentes. No Salvador Shopping é bem mais caro, mas analisando a tal da relação custo-benefício certamente será mais interssante. E no Cinemark a pipoca, deliciosa e crocante, tem que ser comprada por fora. Você que sabe!


P.S.: os "caras" que ergueram o salvador shopping não são negros, mas vieram de baixo, vendendo farinha na feira do interior de sergipe, portanto, dificilmente devem ser racistas, pois viram muito negro pobre tentando vencer na vida

botão de alerta

A incosntestável vitória do Avaí ontem (30), em Florianópolis, sobre o Vitória, imprimindo marcação forte e incansável, mesmo jogando em casa, e após quatro vitórias seguidas, serviu como um bom sacolejo para o rubro-negro baiano. A longevidade do campeonato e a maratona de dois jogos por semana, faz com que os jogadores, principalmente quando o time está fazendo boa campanha, se desconcentrem em algumas partidas, que eles consideram "coadjuvantes" na busca dos objetivos: título e Libertadores. Ficou clara a apatia, nervosismo após a "merda feita", e falta de comprometimento (principalmente nos minutos finais) da equipe contra o Avaí de Muriqui (ô meu Deus do céu, Muriqui acabou com a zaga do Leão! Muriqui!). Deu para perceber a cabeça voltada para o domingo à tarde no Barradão, contra o tricampeão brasileiro: São Paulo.
Como os erros também têm seus louros, que a porrada de ontem diante do time catarinense, apesar de péssimo resultado, sirva como um estalar de dedos gigantes na cara dos jogadores. O menos mal é que a derrota cruel veio em um momento ainda aceitável da competição, o que favorece a uma recuperação em tempo hábil, afinal ainda somos 5º colocado. O que tem que ficar claro na cabeça dos atletas é que não dá para menosprezar ninguém nessa competição duradoura e cansativa. O tempo de Garrincha, em que tinham adversários bobos no futebol, já foi há anos e anos.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

racismo e intolerância religiosa

O Centro de Estudos dos Povos Afro-índio-americanos (Cepaia), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) promove nesta sexta-feira (31), o lançamento do Guia de Luta Contra a Intolerância Religiosa e o Racismo e o DVD Ojuobá. O evento acontece a partir das 14h30, na sede do Cepaia, no Largo do Carmo, em Salvador.
As duas publicações, de caráter socioeducativo, foram produzidas pela Comissão de Combate Contra a Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, composta por membros da sociedade civil organizada, e serão distribuídas gratuitamente na ocasião do lançamento. Ivanir dos Santos (babalaô) e Fátima Danna, membros da comissão, vão comparecer ao lançamento.


P.S.: texto extraído do site da Agecom

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sexualidade

Abordar a sexualidade em suas diversas expressões do conhecimento, com foco para as áreas de saúde, ciências humanas, letras, artes e demografia. Este é o objetivo do 1º seminário Enlaçando Sexualidades: Educação, Saúde, Movimentos Sociais, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, promovido pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), através do Núcleo de Gênero e Sexualidade (Nugsex Diadorim). O evento acontece amanhã (28) e vai até sexta-feira (31), no campus 1, em Salvador.
O seminário terá a participação de pesquisadores da Argentina, Colômbia, Moçambique e Espanha. A antropóloga Maria Luiza Heilborn e a socióloga Miriam Abramovay são alguns dos destaques da programação, que conta ainda com mesas-redondas, lançamento de livros e outras atividades.
P.S.: texto extraído do site da Agecom

coisas "da antiga"

Como cliente voraz de lojas como Submarino, Americanas e Saraiva, recebo inúmeros emails sobre ofertas das empresas. Diferente da maioria das pessoas, isso não me chateia, eu gosto porque, como já disse, estou sempre comprando. Mas o motivo dessa postagem é para falar sobre algo intrigante que ainda permeia a mentalidade do povo brasileiro e que estimula o comportamento dos grandes empresários.
Como estamos nos aproximando do Dia dos Pais, já começo a receber mensagens sobre vendas de produtos visando essa data. E aí é que entra a questão. Fruto de uma sociedade patriarcal e machista, apesar de estarmos em pleno século XXI, as pessoas ainda têm o ranço de comportamentos arcaicos. No conteúdo das mensagens, o que mais tem é promoção de caixa de ferramentas (afinal, é o homem que conserta as coisas, ora bolas!), adegas e jogos para bar (cadê o bêbado com as calças no mão?) e acessórios para carro e aparelhos de esporte (mulher fica em casa cuidando dos "minino").
Na época do Dia das Mães, é engraçado, mas muito comum: promoções de geladeiras, fogões, centrífugas, liquidificadores, batedeiras, máquinas de lavar e coisas do gênero. Como se a mulher habitasse exclusivamente a cozinha e área de serviço da casa. As coisas já foram assim, mas tudo muda. Tudo, aliás, já mudou. Sem ser radical, para também não perder a graça, o charme e a atração da diferença, exclusividades pautadas por sexo é algo do passado e não dá mais para engolir.

bidane

É lógico que é um exagero sem tamanho comparar o ícone do futebol francês e mundial, Zinedine Zidane com o bom meia do Vitória, Bida. A primeira vez que ouvi essa junção dos nomes foi na voz de Sílvio Mendes, locutor da rádio Sociedade AM. Achei graça, mas gostei.
O fato é que Bida, por estar com a cabeça voltada para possíveis transferências e ter sido mal escalado em algumas partidas, não estava correspondendo em campo. Mas ele não mudou de time e Carpé está lhe dando chances de jogar mais próximo da posição em que atua melhor: pelo meio. Nos três últimos confrontos do rubro-negro no Campeonato Brasileiro, contra Atlético-MG, Corinthians e Coritiba, ele entrou, sempre no lugar de Willian, que vem caindo de produção. No duelo de ontem (26), contra os paranaenses, sua entrada foi fundamental para a alteração do placar da partida que já estava com aquela "cara de 0x0", o que seria um péssimo resultado. Primeiro, após bela transação com Leandrinho, deu um tapa forte na bola, de primeira, mas a redonda preferiu passar rente à trave esquerda do arqueiro do Coxa, a entrar na meta. Depois, recebeu passe de Apodi na entrada da área, levantou a cabeça, no melhor estilo Zidane, e meteu, com açúcar com afeto, para Leandro Domingues matar no peito e encher o pé. Gol do alívio e da vitória que pode estar devolvendo a categoria e o potente chute de Bida ao time titular.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

você tem medo de quê?

Sinceramente, nem da onda de violência que assola o país, nem de fantasmas e nem da morte. Como diria Gilberto Gil, de morrer, que é diferente, pois ainda pode haver dor ou vontade de mijar, é até aceitável. Mas, excluindo o inevitável ato final, não há o que se temer aqui na Terra. Porém, o time do Vitória entrou em campo ontem (23), contra o Corinthians, em São Paulo, tremendo de medo, devido a presença de Ronaldo. Ainda longe de sua melhor forma física (pelo visto, nunca mais ele vai entrar em boa forma), o ídolo do país do futebol joga mais sem a bola do que com ela nos pés. Os adversários se preocupam mais como que ele pode vir a fazer do que com o que ele faz, de fato. E o que ele vem fazendo, de fato, nas partidas, exceto lances esporádicos, é muitíssimo pouco para amendrontar os marcadores.
A boa, mas imatura zaga do rubro-negro baiano sentiu esse pavor durante 90% do primeiro tempo do jogo de ontem. O gol de Apodi no fim da primeira etapa foi a luz que a equipe precisava para perceber que o Corinthians e Ronaldo são bons, mas não aterrorizantes. Tanto que o comportamento do Vitória no segundo momento da partida foi de encher os olhos. O jovem time baiano colocou a cabeça e o posicionamento no lugar. A partir daí, só atacou e o Corinthians só se defendeu. Menos frouxidão e mais confiança tornaram Felipe o nome mais repetido por Milton Leite (torcedor do Corinthians desde neném!) durante o jogo. Além disso, a má pontaria (novamente) do ataque rubro-negro (leia-se o bom jogador Roger) foi crucial para a manutenção do placar de 2x1 para o time paulista até o fim. Mas o Vitória não vai morrer e o campeonato é longo para desespero.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

câncer de pênis

A Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pênis, desencadeada esta semana pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), será lançada oficialmente na Bahia nesta sexta-feira (24). O evento será às 11h, no auditório do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), localizado no Centro de Atenção à Saúde Professor José Maria de Magalhães Netto, com o apoio das secretarias estadual e municipal de Saúde.
Na oportunidade, além de ser apresentado o material educativo da campanha, que tem como ‘padrinho’ o ex-jogador de futebol Zico, será proferida palestra sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pênis, voltada para médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) e agentes comunitários de saúde.
P.S.: texto extraído do site da Agecom

salve a bahia, senhor!

Música Falada. O nome do projeto já diz tudo: entrevista e canções, canções e entrevista. Idealizado pelos apresentadores do programa de rádio Roda Baiana, Fernando Guerreiro, André Simões e Jonga Cunha, o projeto Música Falada chega à sua terceira edição. Após receber nomes como Ivete Sangalo, Saulo Fernandes, Daniela Mercury, Durval Lélis, Carlinhos Brown e o grupo Chiclete com Banana, o trio continua firme com o time de baianos, mas abriu mais o leque, por assim dizer. No próximo dia 04/08, quem sobe ao palco do Teatro Castro Alves (TCA), é a grande cantora Margareth Menezes. Até aí, o time continua ótimo, mas é o mesmo. Só que no dia 01/09 quem dá continuidade à edição de 2009, é o mestre e ex-ministro Gilberto Gil. Um ícone da música brasileira e mundial. E para fechar, a pegada rock e peculiar de Marcelo Nova, no dia 06/10.

era uma vez...

Minha mãe, que em agosto de 2009 faz 10 anos que faleceu, era cliente assídua da cozinheira Dadá. Por aí dá para calcular o tempo que resistiu o restaurante "Varal da Dadá" (exatos 20 anos), no Alto das Pombas, na Federação. Naquela época, era absolutamente natural se deparar com o sorrisão espontâneo da quituteira baiana no próprio restaurante. Ainda não muito famosa, todas as vezes em que fomos lá, Dadá estava presente esbanjando energia positiva.
O fato é que as roupas foram retiradas do quintal. O charmoso e singelo restaurante da Dadá fechou as portas. A violência e o tráfico de drogas, que já dava suas caras no local desde que íamos lá, falou mais alto e espantou a clientela da quituteira. A "negona" foi obrigada a "bater as botas" da matriz, o projeto umbilical da sua rede de restaurantes. Após duas décadas, o Varal desarmou e entra em cena o "Sabores da Dadá", na Pituba, para fazer companhia ao "Sorriso da Dadá", no Pelourinho, que já começa a capengar por motivos óbvios.
A questão é que, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o bairro da Pituba apresenta mais crimes do que o Alto das Pombas. É lógico que a grande diferença entre os bairros é que a Pituba, de um modo geral, é palco de crimes e o Alto das Pombas é residência de criminosos e traficantes (com muitíssimas excessões, é claro, pois na Pituba também moram larápios!). E o que vinha afastando as pessoas de frequentarem o Varal, é o fato de se depararem com marginais aonde eles se escondem, refugiam e comandam. E não só a violência em si, pois no bairro nobre, os assaltos são mais constantes. E como Dadá conquistou um público de nível socioeconômico elevado, eles, com seus carros, roupas e perfumes de luxo, não eram vistos com bons olhos por certos moradores da região. Eram cada vez mais estranhos no ninho.
A decisão de Dadá pode até gerar polêmica perante "estudiosos" e defensores de enraizamentos banais e também de moradores do bairro, que fingem ser o lugar uma maravilha. Mas eu quero saber quem é que se sentia bem, tranquilo e confortável, levando sua família para almoçar ou jantar em um restaurante situado em um lugar onde traficantes passeiam, em plena luz do dia, com armas em punho?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

o homem do tapinha

Nos bons e saudosos tempos dos babas semanais havia uma figura lendária e sempre indispensável chamada Gilmar. Negro alto e musculoso, apesar de lento, tinha no chute forte sua grande arma aliada à imensa vontade de vencer e espírito de liderança em campo. O certo é que ninguém esquece a maneira como "Jumar" (que é como saía a pronúncia do nome dele) caracterizava aqueles chutinhos mais fracos, desferidos por outros colegas. "Que peteleco", dizia sempre, sem dó, antes mesmo de conferir o resultado do tiro aparentemente despretensioso. Mesmo que terminasse em gol, "Jumar" se irritava de imediato era com a forma pouco viril de bater na redonda.
O atacante Roger, do Vitória, artilheiro do Campeonato Brasileiro com oito gols (ao lado de Val Baiano, do Barueri, e Felipe, do Goiás), seria uma vítima fatal da língua cruel do nosso "xerife". Todos os gols que o matador do time baiano fez, exceto de cabeça e de pênalti, foram com chutes bem borocoxôs, como dizia minha mãe! Não teve um só tento em que Roger pegou firme na bola, em cheio, na veia. Diante do Atlético-MG, ontem (19), no Barradão, o jogo não saiu do 0x0 muito por causa dos tapinhas "chorados" e meio de raspão, disparados por Roger, nas duas ou três chances imperdoáveis que teve. Ele é um bom jogador, usa bem a estatura e tem certa habilidade (deu umas três "tabacas" ontem!), mas precisa treinar, e muito, apesar de goleador do torneio, a forma como pega na bola. Sorte dele não ser "Jumar" o capitão do Vitória, pois iria obrigá-lo também a aprender o outro significado da palavra peteleco!

sábado, 18 de julho de 2009

novo maluco beleza

Famoso por sua inquietude e criatividade sem limites, o multiartista baiano Carlinhos Brown apresenta sua nova (ou nem tanto assim) empreitada: um disco de rock gravado junto com a banda baiana Mar Revolto. Aliás, esse gênero sempre fez parte do mix musical de Brown desde o início da carreira. Ainda com 16 anos, o artista prodígio já fazia parte da extinta trupe de roqueiros. Em setembro deste ano, Brown revive esse momento com o lançamento do disco Carlinhos Brown e Mar Revolto, cuja música de trabalho já está disponível em sua página no MySpace, intitulada Emotionave. Esse CD é só início do brinde aos 30 anos de carreira do detentor das insanidades mais saudáveis no cenário musical brasileiro nos últimos tempos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

eu gosto de opostos

A rivalidade sadia entre Bahia e Vitória, apesar da enorme diferença de nível entre as equipes, promete chegar a um ponto curioso e paradoxal nos próximos dias, fruto da realidade presente nas duas agremiações baianas.
Neste domingo (19), a torcida do rubro-negro, sempre alcunhada de pequena e que não vai estádio, deve quebrar todos os seus recordes este ano e entupir o Barradão. O motivo é óbvio. O Leão, que é o 4º colocado com 20 pontos (e só ficou fora do G4 por uma rodada das 10), pega o Galo mineiro que é o líder com 24, em um jogo chamado de seis pontos. A expectativa é de carga máxima e a Toca transbordando de gente.
Já a aclamada, apaixonada e enorme torcida do tricolor, após passar tanta vergonha e humilhação, quer descontar. É isso mesmo! Dar o troco no time que a castiga sem dó. No jogo contra o Vasco, dia 25/07, já está sendo preparado, através de uma corrente de e-mails na internet e de sites de relacionamento, o movimento Público Zero. A ideia é comover a todos e deixar as arquibancadas de Pituaçu desertas contra a equipe cruzmaltina. Isso é fruto da pífia campanha do Bahia na série B, onde ocupa a simplória 14ª posição. Mudanças de tempos, mudanças de ares. O que era assim, ficou assado. Como rubro-negro convicto, pela janela do quarto ou do carro, eu ando pelo mundo divertindo gente, e vendo doer a fome dos que têm fome.

paraguaio?

Todo ano é a mesma história. Sempre que o Vitória desponta no Campeonato Brasileiro com uma boa campanha, os jornalistas metidos a especializados, são tranquilos ao afirmarem que o time está jogando bem e tal, mas não vai longe. O pior é que até agora, acertaram.
Li recentemente no blog do jornalista Lédio Carmona, do Sportv, por exemplo, que ele considera o rubro-negro baiano um bom time, mas acha que não será campeão, principalmente pelo fato de não possuir elenco que suporte a maratona de 38 jogos do Campeonato Brasileiro. Apesar de se ter uma probabilidade alta, essa opinião é uma incógnita e não uma certeza. Com a ausência dos três defensores de uma só vez, o Leão da Barra vai ter uma prova de fogo no próximo jogo diante do Galo mineiro, quanto a essa questão de o elenco forte e variado ser indispensável para papar o Brasileirão. Morrer na praia outra vez, já enjoou.


quebra-cabeça

Só de olhar para um quebra-cabeça daqueles cheios de peças para encaixar, já dá agonia. Imagine ter que resolver? Pois é, o professor Carpegiani vai ter um prazo curtíssimo para montar um daqueles monstruosos, com mais de mil peças miudinhas. Após o bom resultado (apesar dos pesares, o empate foi um bom resultado, sim!) de ontem (16), à noite, contra o Náutico, em Recife, o Vitória perdeu o seu trio completo de zagueiros para a partida contra o líder Atlético-MG, no Barradão, no próximo domingo (19). Wallace foi expulso, Anderson Martins e Victor Ramos receberam a terceira chapinha amarela. Como Carpé joga no 3-5-2 e só temos 4 beques no plantel, o bicho vai pegar para armar esse time...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

projeto da cln é contemplado em publicação da fieb

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) lançou o livro Prêmio Fieb – Projetos Vencedores de 2000 a 2008. O material reúne 33 experiências bem sucedidas, desenvolvidas por organizações baianas neste período.
O lançamento aconteceu ontem (15), dentro do II Evento Fieb de Meio Ambiente – Produção e Consumo Sustentável, às 17h, no auditório da Fieb, no bairro do Stiep. Estiveram presentes ao local cerca de 200 pessoas, entre representantes do governo, de empresas privadas, universidades e sociedade civil.
O projeto Alternativas Alimentares & Agricultura Orgânica, desenvolvido há seis anos pela Concessionária Litoral Norte (CLN) e o Instituto Invepar, e que já beneficiou 2.200 pessoas, foi um dos premiados. O trabalho contempla famílias em situação de vulnerabilidade social que vivem no entorno da BA 099, na Estrada do Coco, e consiste em explorar ao máximo a potencialidade de produtos naturais, como frutas e legumes, para suprir as dificuldades de subsistência das comunidades locais.
“Do caju, pode-se fazer, além do suco, moquecas e frigideiras”, relata a nutricionista do projeto, Graça Wanderley. O curso, que abrange noções de higiene e agricultura orgânica, em 2009 terá um foco no empreendedorismo. “Eles vão aprender a produzir compotas, geleias e doces caseiros, por exemplo, com o intuito de gerar renda própria”, afirma.
A assistente social e responsável pelo departamento de Desenvolvimento Socioambiental da CLN, Juçara Freire, destaca a receptividade das pessoas quanto à implantação da atividade. “Eles ficam encantados com essa reeducação alimentar, e isso estimula ainda mais a desenvolvermos esse trabalho”, pontua.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

mordeu a língua

No post que fiz no dia 20 de maio, intitulado "Holofotes", detonei uma fala destoante de um comentarista esportivo de TV. Na época, o Vitória tinha enfiado 3x0 no Atlético-MG, pela Copa do Brasil, e Bob Faria, injuriado com a derrota do Galo, disse que se "o Atlético-MG for pior que um time que sofreu para eliminar o ASA, de Arapiraca, eu temo pelo nível do Campeonato Brasileiro".
Olha, Bob, o engraçado é que no campeonato em que estão participando Ronaldo (Corinthians) e Adriano (Flamengo), que elevam bastante o nível, os mesmos Vitória e Atlético-MG, fadados por você ao fracasso, ocupam as primeiras colocações da competição, que já tem 10 rodadas. O time mineiro lidera e o baiano é o terceiro, após brocar o Santos por 6x2. Até o final das 38 rodadas, tudo pode mudar (ou não!). Esses enigmas é que fazem do futebol um prazer indescritível. Previsão no futebol não tá com nada!

macaco não olha para o rabo

Recebi um email que retrata bem o perfil do povo brasileiro e sua hipocrisia encarnada. Não que um erro justifique o outro, mas os nossos deslizes diários devem, pelo menos, levantar alguma reflexão. Antes de atirar pedras nos atos cometidos por políticos, é louvável pautar o que andamos fazendo para cobrar tanta "honestidade" deles, característica que deveria ser instrínseca a todo ser humano, mas o que comumente se vê é o cidadão que protesta contra os políticos e...


- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas;

- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas que proibem;

- Suborna ou tenta subornar quando é flagrado cometendo infração;

- Troca voto por qualquer coisinha: areia, cimento, tijolo, dentadura;

- Fala no celular enquanto dirige;

-Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento;

- Para em filas duplas (ou triplas) em frente às escolas;

- Viola a lei do silêncio;

- Dirige após consumir bebida alcoólica;

- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas;

- Espalha mesas e churrasqueira nas calçadas.;

- Consegue atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho;

- Faz "gato" de luz, água e de TV a cabo;

- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos;

- Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto;

- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 reais, pede nota de 20;

- Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes;

- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes ou idosos;

- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado;

- Compra produto piratas com a plena consciência de que são piratas;

- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca;

- Diminui a idade do filho para que ele entre no ônibus sem pagar passagem;

- Diminui a idade do filho para que o valor do consumo dele em um restaurante seja menor;

- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA;

- Frequenta os caça-níqueis e faz uma "fezinha" no jogo de bicho;

- Das empresas onde trabalha, leva pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo;

- Comercializa o vale transporte e vale refeição que recebe das empresas onde trabalha;

- Falsifica tudo, tudo mesmo.. só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado;

- Quando volta do exterior, nunca fala a verdade quando o policial pergunta o que traz na bagagem;

- Quando encontra algum objeto perdido, mesmo tendo visto quem é o dono, na maioria das vezes, não devolve.


Os políticos que assumem cargos por esse Brasil e alastram desonestidade e corrupção, sendo alvos eternos de críticas sociais, vieram deste mesmo povo, que comete essas e outras mil atrocidades em nome de um suposto benefício particular.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

contra fato não há argumento

Enfrentar um time grande quase nunca é expectativa de goleada. Mesmo com a segura campanha que o Vitória vem fazendo no Campeonato Brasileiro, ninguém imaginava ver o time meter seis gols no Santos de Mancini, nem os próprios jogadores. "Se eu disser que esperava isso, estaria mentindo", confessou o lateral esquerdo Leandrinho, após o jogo para uma emissora de TV.
Porém, aconteceu. E foi uma vitória com autoridade. Fazendo jus, desde o primeiro minuto, ao fato de ser o único time 100% nos seus domínios, o rubro-negro baiano não tomou conhecimento do time paulista. Aceso no jogo, o Leão já enfiava 4x0 no Peixe, e isso aos 28 minutos do primeiro tempo. Foi um atrás do outro. Dois de Róger (artilheiro do torneio), Willian, Victor Ramos (que deu um gol ao Santos, apesar da boa atuação), Leandro Domingues e Jackson (sempre a serviço do coletivo). Mancini dispensou Fabiano Eller, e deixou Domingos. A torcida do Vitória foi quem ficou feliz com essa notícia. Lambanças e mais trapalhadas marcaram a atuação do zagueirão santista, que contribuiram bastante para o triunfo do time baiano.
Apesar dos seis gols marcados, o que mais chamou a atenção nessa partida foi a quantidade de gols desperdiçados. O Santos fez os dois gols e nada mais. Absolutamente nada! Mas o Vitória, por preciosismo e individualismo desnecessário de alguns jogadores (principalmente Apodi), além dos seis, poderia, sem exageros, ter entrado para a história da competição nacional. Se o placar de ontem fosse, por exemplo, 10x2 para o Vitória não era nada fora da realidade. As imagens dizem tudo.

domingo, 12 de julho de 2009

remo baiano

Sob um sol propício, aconteceu hoje, a 3ª etapa do Campeonato Baiano de Remo, na enseada de Itapagipe, na Cidade Baixa. A disputa começou às 9h30, com largada da ponte de Plataforma e chegada no porto dos Tainheiros, na Ribeira, às 12h30. O grande vencedor da manhã foi o Esporte Clube Vitória, que levou o troféu Almirante Tamandaré, e lidera o torneio, agora com 271 pontos. O evento foi organizado pela Federação dos Clubes de Regatas da Bahia (FCRB) e teve o apoio da Vedacit.
Para o presidente da FCRB, Jorge Contreiras, a competição deve aliar responsabilidade social e formação de atletas de renome. “Além do serviço prestado para a comunidade, o intuito é formar grandes remadores na Bahia”, afirma.
O gerente de vendas da Vedacit, Marcelo Bastos, acha a iniciativa da empresa de prestigiar uma competição de esporte olímpico, um estímulo para colocar a Bahia em destaque nacional. “Temos que colaborar com o remo baiano, e apoiar os novos talentos”, afirma. A 4ª etapa da competição acontece no dia 30 de agosto, e a última, 8 de novembro.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

enxovais de bebês

Mais de 30 mulheres que estão em período de gestação – internas do Conjunto Penal Feminino, esposas ou companheiras de internos da Penitenciária Lemos Brito (PLB) e mulheres da comunidade da Mata Escura – receberão enxovais de bebê amanhã (10), às 9 horas, na Lemos Brito no Complexo Penitenciário da Mata Escura. A ação faz parte de uma parceria entre as Voluntárias Sociais do Estado da Bahia (VSBA), e a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).
A entrega dos enxovais será feita pela primeira dama do Estado, Fátima Mendonça. A idéia partiu da assistente social da PLB, Suely Machado, que articulou a participação da SJCDH no Programa de Melhoria da Saúde Materna e Neonatal, desenvolvido pelas Voluntárias Sociais, que promove o acompanhamento de gestantes de baixa renda, geralmente entre o 5º e o 8º mês de gravidez e com faixa etária de 20 a 35 anos. “A gente pensou em ajudar as mulheres grávidas dos internos que tinham dificuldades de encontrar emprego”, contou Suely Machado, que enviou ofício à VSBA solicitando uma cota para beneficiar as internas e companheiras de internos, além das mulheres da comunidade da Mata Escura que apresentaram interesse. Para participar do programa, as gestantes se cadastraram apresentando o documento do pré-natal e a ultra-sonografia.
Os kits que serão entregues são compostos por banheira, 12 fraldas de tecido, um pacote de fraldas descartáveis, algodão, dois lençóis, dois sapatinhos de linha, duas camisolas, um pacote de algodão, fita adesiva para prender a fralda nos primeiros dias do bebê, um pacote de presilhas, colônia infantil e colchão. Não serão entregues chupetas e mamadeiras porque o objetivo é fortalecer a política de amamentação. Segundo a coordenadora das Voluntárias Sociais, Tânia Nogueira, o programa foi criado com a proposta de reduzir a mortalidade, através do monitoramento das mulheres grávidas com o pré-natal, medição de pressão arterial e vacinação, além de palestras para orientar as futuras mães sobre os principais cuidados durante a gestação. Como nas unidades prisionais já são promovidas palestras e o acompanhamento das gestantes, só ficou a cargo das Voluntárias Sociais a concessão dos kits. De acordo com Zaira Gusmão, que também é assistente social da PLB, desde 2007 são realizadas palestras sobre temas como a violência contra a mulher, pré-natal e autoestima. Também são entregues brindes às mulheres para ajudá-las nos cuidados com os bebês. Isto é feito em datas comemorativas como Dia da Mulher, Dia das Mães e Dia da Consciência Negra.
No dia da entrega dos enxovais também será promovida uma palestra sobre “Políticas públicas para as mulheres em situação de prisão” e “Mulheres familiares de internos em situação de prisão”, ministrada pela diretora de Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Débora do Carmo. O secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino, e representantes das Voluntárias Sociais, da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza também estarão presentes na cerimônia.


P.S.: texto da Agecom

quarta-feira, 8 de julho de 2009

dá o pé

Essa justiça brasileira aprontou mais uma daquelas bem esquisitas. Dessa vez, escolheu uma senhora de 61 anos, dona-de-casa, para punir. O motivo da pena é porque a idosa cria, há tempos, um papagaio sem a devida licença do Ibama. Como não tem dinheiro para pagar, ela vai prestar os tais "serviços comunitários" impostos por lei. É óbvio que leis devem ser cumpridas, mas nunca, ainda mais em um país solidário e emotivo como o nosso, acima do bom senso. Cada caso é um caso. Há que se aceitar que mesmo sem o aval do Ibama, domesticar um papagaio não é tarefa tão complicada, muito menos incomum.
Como prega o sociólogo Roberto Damata, usemos a cultura a nosso favor. Submeter uma senhora de 61 anos de idade a atividades sociais e ainda roubar-lhe o animal que cuidou com afeto durante anos a fio e era seu fiel companheiro, é covardia. Difícil acreditar que essa é a melhor maneira de se reduzir a extinção de animais silvestres como o papagaio. O Ibama e a justiça brasileira deviam ser mais rápidos e eficazes no combate e punição aos "grandes", que estão envolvidos nos tráficos de animais, e não perder tempo em apunhalar os inúmeros donos de "Zés Cariocas" país afora.

sábado, 4 de julho de 2009

coração de criança

Uma hora ia dar na telha a questão de ter um (bom) time formado com vários jogadores oriundos das divisões de base do clube. Foi hoje na partida contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, pela 9ª rodada do Brasileirão 2009. Até a metade do primeiro tempo o Vitória foi o dono do jogo, atacando com volume e anulando as investidas do time carioca com inteligência. Mas quando falou mais alto a experiência e alta qualidade técnica de jogadores como Kléberson e Ibson, o Flamengo tomou as rédeas da partida. Ainda assim, o rubro-negro baiano voltou a equilibrar o jogo em vários momentos, mas a imaturidade de alguns (bons) jovens atletas como Anderson Martins (que deu de presente o segundo gol ao Flamengo) e Wallace (que cometeu um pênalti ingênuo no malandro Zé Roberto), por exemplo, contribui para o Vitória deixar escapar mais um triunfo fora de casa (ou, pelo menos, um empate), após, novamente, boa exibição.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ctrl + c e ctrl + v

A repórter Cecília Santos, do jornal O Estado, de Palmas (TO), simplesmente “copiou e colou” uma crítica sobre o filme Transformers 2, escrita por Marcelo Hessel, no site Omelete. O artigo, que foi ao ar originalmente no dia 19/06, foi literalmente copiado e publicado pelo diário tocantinense no dia 25/06.
A única contribuição ao texto feita por Cecília foi a última frase, provavelmente para ocupar todo o espaço disponível para a matéria. O resto está publicado na íntegra, sem tirar nem pôr. Além da cópia, a repórter ainda assina o texto.
Marcelo Hessel diz que não deu, em nenhum momento, autorização para que o texto fosse reproduzido e que está avaliando a possibilidade de ingressar com uma ação contra o veículo e a jornalista. Afirma ainda que, pelo site do jornal tocantinense é possível ver que outros textos foram plagiados. "Nas edições digitais você vê que houve mais plágios. Desde maio, o Omelete foi plagiado umas quatro ou cinco vezes", afirma Hessel.
Em sua defesa, Cecília explica que houve um erro na diagramação, que não colocou os créditos para o Omelete. "Eu não quis levar o crédito por uma crítica que eu não escrevi", diz a jornalista.
Constrangido com a situação, o editor de O Estado, Antônio Téo, informa que irá publicar uma retratação na capa do caderno de Cultura da próxima quinta-feira (02/07) e pede desculpas aos leitores do jornal e para Hessel, autor da matéria.
“É uma situação chata. Eu nunca vi isso acontecer aqui no jornal. É um plágio, um roubo intelectual. Eu peço desculpas aos leitores e ao jornalista que escreveu a matéria. Não tenho o que falar. A gente não se sentiria cômodo de ter alguém copiando o nosso material”, diz.
Téo lamenta o acontecido e acredita que Cecília pode ter errado pela inexperiência. Ela se formou em jornalismo recentemente. De acordo com o editor, a jornalista “tem um bom texto e é muito criativa”.
“Ela é muito nova, mas não pode fazer coisa errada. Agora tem que reconhecer o erro e tentar não errar mais. Espero que isso não reflita na carreira dela”, afirma.
Segundo o editor, numa situação como essa, perdem todos. O jornalista que escreveu o artigo, que tem o seu material roubado; a jornalista que copiou, que coloca uma mancha em sua carreira; e o jornal, que tem a credibilidade posta em xeque.
“Isso é muito ruim porque o jornal vive de credibilidade. Mas não só a credibilidade do jornal é posta em xeque, como a de todos os textos que ela já escreveu”, conclui Téo.


P.S.: texto de Sérgio Matsuura