sábado, 30 de outubro de 2010

fantasmão


Tudo bem que com o fim do império e da escravidão no Brasil e a instituição da república, a elite governamental tentou relativizar os problemas de discriminação racial incentivando o “branqueamento” da população através da imigração de colonos europeus. Isso é fato, apesar do feliz insucesso, pois deixou aí o para as madames o "samba brasileiro democrata, mistura de raça, mistura de cor". Como ora ou outra o assunto volta à tona, a vênus platinada, que andava até meio quietinha, resolveu, sutilmente, fuçar a questão.

Sem essa desculpa hipócrita de que é uma novela que fala do povo italiano, Passione está, a todo custo de produtos de beleza, tentando "branquear" o povo. Até os brancos na vida real, como Marina Ximenes, Larissa Maciel e o próprio Reinaldo Gianechinni, estão super brancos com o trabalho de maquiagem do folhetim. Estão quase transparentes. O personagem de Gianechinni mesmo tem as mãos de uma cor e o rosto de outra (ele sempre está "engravatado"). São os famosos caras-pálidas.

P.S.: não sou espectador assíduo da trama das 9 da Globo, mas o pouquinho que vi, percebi isso e que só tinha um negro na novela e que era capacho do tal do Saulo que morreu... é retrocesso?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

inocência

Se tem uma palavra que não combina com o mundo podre dos bastidores do futebol é essa aí do título. Aliás, nesse universo, um gatinho desprotegido, passa longe, principalmente fora do Norte-Nordeste. Depois dos rios de dinheiro que passaram a correr e do foco estritamente empresarial, a coisa deve feder lá nas entranhas... Que atire a primeira pedra quem garante de forma absoluta que não há a menor condição de o Cruzeiro ter facilitado um pouco as coisas para o Atlético-MG no jogo de ontem (24). No jogo não, no clássico mineiro. Analisemos as situações dos times. A Raposa briga pelo título e na hora do jogo já sabia que um simples empate já lhe daria a primeira colocação do torneio. Já o Galo chegou à partida dentro da zona de rebaixamento e somente uma vitória sobre o rival lhe tiraria da incômoda situação. Dentro desse contexto estão os times baianos, adversários como devem ser e inimigos como não devem ser. O rubro-negro estava, até antes da partida entre mineiros, uma posição acima do Atlético. O tricolor baiano, na série B, está, a passos largos, carimbando sua volta ao campeonato de elite no Brasil. Sinceramente, está quase que garantido já, devido a todas as circunstâncias: pontos atuais, quantidade de jogos restantes e nível de atuação. E para que esse imbróglio todo? É simples. Diante dessa situação toda, entre mineiros e baianos, parece sensato que para os comedores de pão de queijo, é mais interessante que fiquem os dois na 1ª divisão e caia fora o Vitória, é claro. Até porque, o Bahia está subindo em 2011. Se o Cruzeiro desse todo o gás, se Montillo, com o Cruzeiro tomando 2x0 em um clássico, e a um ponto da liderança, fizesse como Conca no jogo do outro time que luta pelo título fez, e desse uma bomba pro gol na hora do pênalti, e fizesse o gol, ao invés de uma "cavadinha" mixuruca, o time celeste empurraria mais o Galo para a "segundona". Isso acarretaria, em um breve futuro, leia-se Brasileirão 2011, em Minas Gerais com um time na elite e a Bahia com dois. Isso é bom para eles? Claro que não. Os imbecis e inocentes daqui fariam diferente. Mas está explicado: são imbecis... e inocentes!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

faixa para ignorantes

Se tem algo que não faz qualquer sentido lógico, na prática, é claro, e que vive espalhado pelas ruas da cidade, é a faixa de pedestre. O comportamento das pessoas quanto a ela é esquisito em todos os ditos grupos que se relacionam com a própria. Os que estão a pé nem percebem a sua existência se não houver um semáforo próximo. Sem contar os casos de ignorá-las por ignorância mesmo. Motoristas de veículos, de um modo geral, ignoram completamente a bichinha. Salvo, também, nos casos onde ela vem acompanhada de uma sinaleira. Aí o papo é outro, principalmente quando tem um "peru" de plantão e que vai resultar em desfalque no bolso mais tarde. Mas quando só tem o chão pintado, oxe, não estão nem aí. Nesse momento é que entra o maior choque e curiosidade. O cidadão pedestre, dito civilizado, quer ir a um local bem a frente de onde está. Só precisa atravessar a rua. A faixa, sem semáforo, está há uns 200 metros de distância. O "certinho", cumprindo regras de bom convívio social e educação, traça o itinerário necessário e chega até a faixa. O problema é que nada muda, no comportamento dos motoristas, em relação ao posicionamento inicial do pedestre. Ninguém para. Nem fora e nem na faixa. Motorista baiano, e de muita má vontade, só breca em semáforo. Fora isso, o indivíduo mofa, mesmo diante de uma faixa de pedestres, que parece um enfeite na via de asfalto. É tão corriqueiro que a gente até agradece esbanjando um "legal" com o polegar quando um anjo bom resolve acatar nosso desejo de pisar nas listras brancas e diminui... diminui. Por isso que o povo passa correndo para não correr o risco de parar nas mãos do ortopedista. A inversão de valores, algo inerente em nossa sociedade, onde fazer o errado é que é fazer o certo, estimula as pessoas a abandonarem as faixas, por insucesso, insuflando a ignorância de atravessar em qualquer lugar.

sábado, 16 de outubro de 2010

profundo

Na próxima segunda-feira (18), "minha nenêca" faz 4 meses de vida. Com o orgulho - que muito me honra - de nascer no mesmo dia da diva Maria Bethânia (e sem planejamento nenhum para isso acontecer, e sim absoluta coincidência), ela vem se desenvolvendo com muita saúde nesse início de jornada na Terra. Indiscutivelmente a cara do pai, Morena (em foto do pailhaço) veio sem avisar e já senta no trono com pompas de rainha, como não poderia deixar de ser. E o mais nobre e gratificante do sentimento amor é que ela chegou, é amada por todos, mas não tomou o espaço de ninguém. Simba (em memória), Zé e Ana continuam amados da mesma maneira... ou até mais! Pois a vinda dessa criaturinha divina, como toda criança o é, deu um sacolejo no comportamento, procedimentos e sentimentos de todos ao redor. O título é uma alusão à fala do médico que a atendeu recentemente devido a uma irritação nos pés dela (já resolvido!). De tanto esperar, quando ele a viu, ela estava dormindo. Após a consulta ele disse, sério mas em tom de riso, e admirando o deleite da criança nos braços da mãe, o que endosso no ato: "sem nada para atrapalhar, esse é um sono de altíssima qualidade". Assino embaixo.

todo mundo vai

Será que todo mundo vai mesmo? Alô, alô, marciano. Acho que não sou terráqueo!

mendicância sufocante

São quase 8h30 e era pra chegar no Sebrae às 8h. Estou na padaria Gangorra, ali no Politeama de Baixo, terminando minha primeira refeição do dia, uma vara mista com dois dedos de café preto. É lógico que houve um exagero na quantidade e deixei uns três pedaços de pão recheados com queijo e presunto, ainda quentes, no prato. Para não jogar fora, preferi, é claro, dar a algum mendigo, pivete, vagabundo, ou qualquer adjetivo cabível àqueles milhares de transeuntes que perambulam pelo Centro da cidade à qualquer hora do dia e da noite. Quando saí da padaria e ofereci a um malandro manjado dali, ele disse: "quero não". Eu pensei: "filho da puta... eu sou um idiota mesmo, ainda quis dar a um sacana desse quando poderia ter jogado fora mesmo". Mas tudo bem, encontrei outro ali na frente, que priorizou a fome, e pegou o pão.
Essa introdução meio nada a ver foi para falar de algo que me repele diariamente: a mendicância que predomina nas ruas das grandes cidades brasileiras. O marmanjo desocupado que negou o alimento na saída da padaria, é o mesmo que, todo dia quando eu passo por ali, me pede dinheiro. "Me dê um real". Dá vontade de mandar ele tomar "naquele orifício", mas temos que nos controlar... Pois bem. Há uma série de questões a se discutir nessa pedição desenfreada pelas ruas. Nesse caso mesmo, o cara quer dinheiro fácil para quê? Para encher a pança e depois deixar a cidade toda fedida é que não é. Ele provou que não é. Só pode ser para se empanturrar de droga. Eu é que não vou alimentar vício de ninguém. Já basta o meu em CD e DVD que me raspa uma grana retada. Não dou dinheiro à tôa. Meu lema é esse. Nem R$ 0,10. Não dou mesmo e não fico me remoendo, com a consciência pesada e me achando malzinho não. De jeito nenhum. Vovó dizia que o que vem fácil, vai fácil. Alguém sabe a procedência de todos, eu disse todos esses pedintes chatos das ruas? Porque eu não faço ideia e não boto minha mão no fogo por nenhum deles. Alguém sabe o que fizeram para estar naquela situação? Vou responder igual a guris chatos: "não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe". Não tenho o menor receio de arriscar que a maioria está ali porque é vagabundo mesmo, tem má índole, é safado e descarado e gosta mesmo é de facilidade, moleza. Quer se apoiar em uma sociedade baseada em princípios religiosos e um povo afetuoso para ganhar dinheiro fácil, sem esforço. Não corroboro com esse esquema. Tô fora. Se vier a senhorinha com pena, eu mando levar para casa, sem pensar.
Roubar é ruim? É. Pedir também. Se pedir for o correto, eu abandono meus trabalhos (pois é, trabalho em dois lugares diferentes... as coisas são difíceis!), e vou pedir também, ora bolas! Já que pedir está tudo bem... Mas do meu ponto de vista, não está. Pedir é péssimo. É uma mazela social tão grande quanto roubar. É um roubo sutil, mascarado, digamos: legalizado pela sociedade. O que honra o homem é trabalho, seja ele qual for. De um jornalista imbecil que coloca a cara na casa de todo mundo e muitas vezes só fala bobagens, como Bóris Casoy, a garis, cujas atividades são fundamentais para o ordenamento social, trabalhar é fundamental. Lavar carro, carregar entulho, limpar pára-brisa, ajudar pedreiro, pintar parede, bater prego. São algumas atividades a buscar. De coração puro, alma tranquila e consciência mais leve que uma pena de ganso, segue uma dica a mendigos, pivetes, vagabundos, malandros, marmanjos desocupados das cidades do Brasil: vai trabalhar porque meu dinheiro vocês não vão ver nunca. Nem R$ 0,10.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

interação entre pais e filhos marca o dia das crianças vitalmed

Trabalhar faz parte da rotina diária dos pais de diversas crianças. Porém, os filhos ficam sempre intrigados em saber como funciona e o que acontece no ambiente de trabalho dos pais. Para matar essa curiosidade, em comemoração ao Dia das Crianças, que acontece todo dia 12 de outubro, a Vitalmed promove essa interação entre pais e filhos dentro da empresa.

O objetivo principal da segunda edição do Dia das Crianças Vitalmed é, justamente, transmitir à criançada, de forma lúdica e divertida, o orgulho que sentem da profissão dos pais – diretamente envolvidos com a missão de salvar vidas –, mostrando aos pequenos a realidade do exercício profissional deles. “Para as crianças, só o fato de entrarem em uma ambulância e verem o que tem dentro, já é uma diversão”, afirma a gerente de Recursos Humanos da Vitalmed, Eleonora Santos.

A ação, que vai acontecer durante a tarde do dia 15 de outubro, na base operacional da empresa, que fica na região do Iguatemi, é uma ótima ferramenta de fidelização, pois segue a máxima de que agradando aos filhos estão agradando aos pais. “Esse ambiente saudável e de descontração é projetado também nos clientes e no atendimento da empresa”, pontua Eleonora. Durante o dia festivo, os filhos dos colaboradores vão conhecer as dependências da empresa e terão direito a lanches e muita diversão.

A empresa

A Vitalmed iniciou suas atividades em 1993, implantando o serviço de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), que realiza atendimento a emergências e urgências médicas dentro do perímetro de Salvador e Lauro de Freitas. Hoje, a empresa se consolida no segmento de saúde como excelente opção de mercado de trabalho para os médicos, conforme salienta o diretor Operacional da Vitalmed, Dr. João Maurício Maltez. “A empresa possui 250 médicos, atuando em diversas áreas, como Regulação Médica, Pronto Atendimento em UTI Móvel, Proteção a Eventos, Homecare, Resgate e outros”, diz.

Líder no segmento na Bahia, a Vitalmed, ao longo destes 17 anos, alcançou as primeiras colocações no ranking nacional de empresas do ramo. Para atender aos seus associados, a empresa possui uma estrutura especializada em atendimentos emergenciais que é constantemente revista e atualizada, incorporando novas tecnologias e novos procedimentos sempre com o objetivo de prestar serviços de excelência e satisfazer aos seus associados. Outras informações através do telefone (71) 2202-8750.

sábado, 2 de outubro de 2010

agricultor valida experiência com projeto plante saúde

O produtor rural Orlando Santos, 50, cuja propriedade fica situada no distrito de Rancho Alegre, em Arembepe, aprendeu a reaproveitar as folhas como adubo natural. “Antes eu limpava e queimava tudo, agora eu junto o mato e utilizo como fertilizante. Dessa forma, os produtos ficam mais saudáveis e não há agressão à natureza, além da economia financeira”, diz. Ele calcula uma economia anual de R$ 600 depois da adoção de fertilizantes naturais em suas plantações.

O projeto, que beneficia 70 famílias, distribuídas em sete comunidades da orla de Camaçari, é idealizado pela Concessionária Litoral Norte (CLN) e Instituto Invepar, sob execução do Fórum Sustentável Costa dos Coqueiros. O objetivo principal é fazer uma reeducação ambiental em povoados rurais da região, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas e geração de renda.

Os trabalhos começaram em julho de 2010, nas comunidades de Rancho Alegre, Açu da Capivara, Cordoaria, Fazenda Malícia, Alameda do Rio, Areias e Cajazeiras, e se encerram, com entrega de certificados, no dia 19 de outubro, às 13h30, no salão paroquial da Igreja Matriz Divino Espírito Santo, em Vila de Abrantes.

“O projeto era uma necessidade para as pessoas que precisavam de um verdadeiro alerta ambiental”, afirmou a presidente do Fórum, Maria José Machado. A diferença dessa edição é que o projeto está sendo executado por ex-beneficiários, que hoje disseminam e multiplicam essa experiência com agricultores de suas vizinhanças.

Durante a passagem pelas comunidades, o Plante Saúde leva conhecimento sob aspectos relacionados à agricultura orgânica, como educação ambiental e tecnologia. Para a professora de tecnologia, Marluce Celeste, a metodologia aplicada fez o diferencial na hora das aulas.

“O interessante era procurar exemplos baseados em ações que eles já praticavam para facilitar a assimilação”, explica. Ela acredita que o mais importante do curso é conscientizar o agricultor de que ele faz parte da natureza e precisa estar inserido nela. “Através do conhecimento tecnológico, eles vão dar um melhor tratamento ao solo, e gerar uma produção mais saudável”, resume.