segunda-feira, 25 de outubro de 2010

inocência

Se tem uma palavra que não combina com o mundo podre dos bastidores do futebol é essa aí do título. Aliás, nesse universo, um gatinho desprotegido, passa longe, principalmente fora do Norte-Nordeste. Depois dos rios de dinheiro que passaram a correr e do foco estritamente empresarial, a coisa deve feder lá nas entranhas... Que atire a primeira pedra quem garante de forma absoluta que não há a menor condição de o Cruzeiro ter facilitado um pouco as coisas para o Atlético-MG no jogo de ontem (24). No jogo não, no clássico mineiro. Analisemos as situações dos times. A Raposa briga pelo título e na hora do jogo já sabia que um simples empate já lhe daria a primeira colocação do torneio. Já o Galo chegou à partida dentro da zona de rebaixamento e somente uma vitória sobre o rival lhe tiraria da incômoda situação. Dentro desse contexto estão os times baianos, adversários como devem ser e inimigos como não devem ser. O rubro-negro estava, até antes da partida entre mineiros, uma posição acima do Atlético. O tricolor baiano, na série B, está, a passos largos, carimbando sua volta ao campeonato de elite no Brasil. Sinceramente, está quase que garantido já, devido a todas as circunstâncias: pontos atuais, quantidade de jogos restantes e nível de atuação. E para que esse imbróglio todo? É simples. Diante dessa situação toda, entre mineiros e baianos, parece sensato que para os comedores de pão de queijo, é mais interessante que fiquem os dois na 1ª divisão e caia fora o Vitória, é claro. Até porque, o Bahia está subindo em 2011. Se o Cruzeiro desse todo o gás, se Montillo, com o Cruzeiro tomando 2x0 em um clássico, e a um ponto da liderança, fizesse como Conca no jogo do outro time que luta pelo título fez, e desse uma bomba pro gol na hora do pênalti, e fizesse o gol, ao invés de uma "cavadinha" mixuruca, o time celeste empurraria mais o Galo para a "segundona". Isso acarretaria, em um breve futuro, leia-se Brasileirão 2011, em Minas Gerais com um time na elite e a Bahia com dois. Isso é bom para eles? Claro que não. Os imbecis e inocentes daqui fariam diferente. Mas está explicado: são imbecis... e inocentes!

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