sábado, 18 de dezembro de 2010

perdido na selva

Tinha uma música que fez sucesso nos anos 80 que inspirou o título desse post, cujo trecho dizia assim: "covil de piratas pirados, perdidos na selva". Desculpe-me a franqueza, mas essa frase, hoje, cai direitinho na situação em que se encontra o (ainda) referencial jornal A Tarde. O "vovô" do jornalismo baiano, após algumas baboseiras, como o pretensioso e dispensável lançamento do jornal Massa!, está todo "azuado" após a reviravolta do Correio*, que até enquanto ACM estava vivo era um mero coadjuvante no enredo. O crescimento extraordinário do impresso da Rede Bahia mexeu com os alicerces do ex-soberano, que demonstra sintomas de enfermidade. Na edição de hoje, veja que absurdo, presente apenas em jornalecos de quinta categoria. Nas páginas A7 e A8, da editoria Salvador, há duas matérias, assinadas por repórteres diferentes, cujos conteúdos são, praticamente, os mesmos. O assunto é, exatamente, o mesmo. As fontes, as mesmas. O desenvolvimento é que, talvez, tenha algum encaminhamento um pouco distinto, mas tudo muito sutil e inadimissível que conste na mesma edição do jornal, que ainda se diz o maior do Norte e Nordeste do país. Lamentável a falta de sapiência dos mandatários do periódico em lidar com o momento de inferioridade em relação ao concorrente direto, cometendo gafes e disparando socos a esmo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

saudade da porra do porra

Ser apaixonado pelo país é uma coisa, não reconhecer seus defeitos é outra. Essa republiqueta de quinta categoria detonou mais uma bomba de hipocrisia ao "censurar" a palavra "porra" de um outdoor da cidade de Salvador, referente a uma música do cantor Tomate. A palavrinha, ou o palavrão - como querem os hipócritas de plantão - foi substituída por três pontinhos. Ora bolas, vamos deixar de canalhice. Desde quando a palavra "porra" é algo constrangedor aqui na Bahia? A gente usa para designar tudo, seja algo bom ou ruim. É cotidiano no linguajar, no expressar dos baianos. Até em conversas formais, ela já está dando suas caras... Essa censura foi mais um ato comprobatório de que vivemos em uma país completamente sem identidade, que fica buscando alternativas insossas, baseadas em princípios religiosos retrógrados e ineficazes, para negar essa afirmação.