segunda-feira, 4 de julho de 2011

menos, companheiro

Eu passava ali na Av. Vasco da Gama, antes um pouquinho da Perini, quando um Celta vermelho parou em minha frente no semáforo. No alto do vidro traseiro, ele trazia o dizer: "Feliz foi Adão que morreu sem conhecer a sogra". Naturalmente, a reação imediata a isso são risos e mais risos. E eu o fiz. Mas pensando um pouco mais no assunto, certamente, sem sogra, eu não seria tão feliz quanto Adão e o dono do Celtinha. É verdade. Sei lá porque se criou e disseminou esse mito de que sogra não presta, sogra é um saco, pega no pé. Sinceramente não sei. A minha não é nenhum anjinho, mas tem muito mais qualidades que defeitos. Ela desconstrói aquela imagem de velhinha enjoada que quer a filhinha longe do "agregado". E a principal qualidade dela: prestatividade. O que já desmonta quaisquer defeitos que ela venha possuir. Ser prestativo é nobreza. É você priorizar o outro diante de você mesmo. É ajudar. E ela ajuda muito, sem obrigação de retorno. Sem dívida. Uma grande mulher, uma guerreira, mãe e avó. Acho-me um privilegiado pela sogra que tenho. Portanto, menos companheiro, menos.