quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

o profeta

Não foi de causar espanto quando o cantor e compositor Gerônimo, em entrevista ao site Bahia Notícias (http://www.youtube.com/watch?v=Cp6zeYusBUc&feature=related), disse que o pagode que comove multidões aqui na Bahia um dia iria evoluir tanto até rolar sexo no palco. Já chegamos nas preliminares, Gerônimo (vide foto). Sua profecia chegou na metade. O curioso é que, apesar da naturalidade com que as pessoas que se divertem com essas sub-músicas encaram uma cena como essa, me causa ainda certa estranheza. Sexo é uma maravilha. Talvez a maior das maravilhas do mundo. Mas essa maneira imbecil de tratá-lo e de lidar com ele é deprimente. Sexo, para cumprir a promessa de deleite inesgotável, carece de mistério, química. O que acontece nos palcos onde essas bandinhas se apresentam e reunem uma cambada de menininhas metidas a enlouqecidas pelos cantores, não parece saudável em relação à magia que uma boa relaxão sexual envolve. Soa forçado e bem desnecessário. Parece uma vontade de se estabelecer em um grupo onde a mais desinibida é a mais idolatrada. "Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada". Lastimável.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

carnarrocha 2012

Essa é para quem é fã do carnaval, a maior festa de rua do mundo. Mas só serve para quem é fissurado na magia, na amplitude, no magnetismo dessa festa popular, e não no que ela se transformou e vem se transformando. Após a passagem, ainda com resquícios, do pagode de letras bobocas como música predominante da folia, agora é a hora e a vez de presenciarmos o mais medonho e aterrorizante carnaval de todos os tempos. Quem manda, em 2012, é o arrocha. Isso mesmo: aperta, arrocha, arrocha e aperta. Preparem os tímpanos porque aquela batidinha enjoada, com dois acordes, cantores exageradamente dramáticos e com voz anasalada vai dominar o próximo carnaval. Prova maior disso é ver as duas maiores bandas de "asfalto" (como se dizia nos tempos áureos), Asa de Águia e Chiclete com Banana, lançarem as novas canções para a festa: arrocha. É difícil acreditar, eu confesso, principalmente o Asa, que tem origem no rock e na galera surfista. Pois o Chiclete já vem se rendendo a canções na linha do arrocha há algum tempo. Mas esse ano pegaram pesado: é arrocha mesmo! Tã...tãtãtã...tã...tãtãtã. Vai ser isso aí na avenida toda. A festa está indo de mal a pior, mas ouvir as "vozes românticas" de Bell e Durval no calor do carnaval, me dá até saudade de "colar na corda" do Psirico!

P.S. O fato de não gostar de arrocha não me faz ter nada contra o ritmo e muito menos contra quem ouve. O que me incomoda na questão é ver o arrocha dominar o carnaval. Aí já é demais.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

menos, companheiro

Eu passava ali na Av. Vasco da Gama, antes um pouquinho da Perini, quando um Celta vermelho parou em minha frente no semáforo. No alto do vidro traseiro, ele trazia o dizer: "Feliz foi Adão que morreu sem conhecer a sogra". Naturalmente, a reação imediata a isso são risos e mais risos. E eu o fiz. Mas pensando um pouco mais no assunto, certamente, sem sogra, eu não seria tão feliz quanto Adão e o dono do Celtinha. É verdade. Sei lá porque se criou e disseminou esse mito de que sogra não presta, sogra é um saco, pega no pé. Sinceramente não sei. A minha não é nenhum anjinho, mas tem muito mais qualidades que defeitos. Ela desconstrói aquela imagem de velhinha enjoada que quer a filhinha longe do "agregado". E a principal qualidade dela: prestatividade. O que já desmonta quaisquer defeitos que ela venha possuir. Ser prestativo é nobreza. É você priorizar o outro diante de você mesmo. É ajudar. E ela ajuda muito, sem obrigação de retorno. Sem dívida. Uma grande mulher, uma guerreira, mãe e avó. Acho-me um privilegiado pela sogra que tenho. Portanto, menos companheiro, menos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

a dor

É triste e comovente ver Cristiano Verola, 28, chorar a morte de Estrela, uma égua que ele conheceu quando era um adolescente de 15 anos, e foi atropelda na estrada, trabalhando para a família Verola. Mas não me espanta esse amor. Tenho um yorkshire chamado Zé, que encontrei nas ruas de Salvador há dois anos e tenho por ele um amor imenso. Sem rodeios, um amor imenso e indescritível. Se ele morrer antes de mim (que é o provável), vou me ausentar de trabalho e tudo mais. As pessoas já sabem. Meu amor por ele é incondicional e não tem distinções. Os animais, com lealdade, afeto, respeito e gratidão são os maiores e mais nobres seres desse planetinha em que vivemos.

domingo, 19 de junho de 2011

post a bruno gouveia

A dor de Bruno Gouveia eu não sei exatamente qual é. Eu não perdi minha Morena de 1 aninho. Ele perdeu o Gabriel dele, de apenas 2 anos. Mas eu posso imaginar. Somos pais. E esse "pais" aí refere-se ao pai, exclusivamente. Ao longo da humanidade, devido a péssimos exemplos, a figura paterna teve a imagem distorcida. Havia um tempo em que dilemas judiciais envolvendo guarda de filho, não tinha discussão: fica com a mãe, independente de toda e qualquer circunstância. As coisas mudam. Homens e pais íntegros, presentes, conscientes, dedicados e amorosos como eu, ele e outros milhares por aí, alimentaram essas mudanças e vêm desconstruindo a ideia de mero "reprodutor" para a complexidade saborosa de ser "pai", no âmago da concepção. Esse humilde e singelo post é minha solidariedade a Bruno, que teve interrompida, de forma brusca e violenta, uma linda história de amor com seu rebento, recortada no blog www.mimevoce.blogspot.com. À dor profunda de Bruno, que eu não sei exatamente qual é. Eu não perdi minha Morena de 1 aninho. Ele perdeu o Gabriel dele, de apenas 2 anos. E o mais foda disso tudo é a certeza de que a vida tem que continuar. Bruno Gouveia, sinta-se abraçado!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

fornecedores do setor petroquímico apresentam produtos a empresas âncoras

Além de serviços de manutenção industrial, como elétrica e pintura, uma das demandas da Deten Química diz respeito à utilização de módulos habitáveis. Atento à oportunidade, o diretor comercial da Algeco Contêineres, Carlos Braz, ofereceu os serviços da empresa, que é especializada na locação e venda desses produtos. “Tivemos um diálogo bastante positivo e proveitoso, que vai gerar um negócio futuro, já que eles vão precisar de refeitórios e escritórios executivos”, aponta.
O contato entre representantes das empresas aconteceu durante a manhã desta quinta-feira (16), no Catussaba Resort Hotel, no bairro de Itapoan, em Salvador. O encontro fez parte da Rodada de Negócios Setorial, promovida pelo Sebrae em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), dentro do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF). O evento, que tem o apoio do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), teve o objetivo de agregar 82 empresas fornecedoras de produtos e serviços no setor petroquímico e 10 âncoras, promovendo uma aproximação comercial.

Para o coordenador de Suprimentos da Deten Química, Thadeu Handam, a Rodada de Negócios traz benefícios tanto para a empresa âncora, quanto para o fornecedor. “É importante para nós encontrarmos produtos e serviços essenciais aqui dentro da Bahia, próximo da gente, e para eles é a oportunidade de aparecer para o mercado. Esse é o canal de entrada para alavancarem dos negócios”, destaca.

O gerente de Capacitação Empresarial do IEL, André Luiz Pinto, acredita que o PQF, durante os seis anos de existência, está conseguindo convencer as grandes empresas do setor petroquímico sobre a alta qualidade dos produtos e serviços de fornecedores baianos. “Com o salto de qualidade das empresas que fornecem, a tendência é ampliar, ano a ano, a quantidade de âncoras no programa”. Atualmente, existem 12 grandes instituições cadastradas no PQF e 153 fornecedores.

De acordo com a gestora de projetos do Sebrae Bahia, Shirlei dos Santos, o encontro é uma oportunidade única para os fornecedores de Salvador e Região Metropolitana (RMS), conseguirem aumentar receita, ao negociar diretamente com profissionais das grandes corporações do setor. “Apresentando um portfólio adequado à demanda do comprador, eles podem até fechar negócios no próprio local”, ressalta.

Participante do PQF desde que começou, a diretora da LEDquadros, Soraia Carvalho, acredita que a Rodada de Negócios ajuda a fortalecer a imagem dos fornecedores baianos. “É uma oportunidade de fazer com que as grandes empresas se convençam de que podem encontrar produtos e serviços de alto nível aqui na Bahia”, afirma. A LEDquadros, situada na Estrada do Coco, está há 22 anos no mercado, onde atua com montagem de paineis elétricos para indústrias.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

inversão de valores

Esse mundo está mais doido do que se imagina. Quanto mais a gente pensa que as insanidades chegaram no limite, aparece mais uma. Esse caso do roubo dos instrumentos do Chiclete com Banana mesmo suscitou a mais nova palhaçada do povo brasileiro. Eu vi a notícia no portal IBahia e ao ler os comentários, que são livres, sem moderação, me deparei com a loucura. Em resumo, a maioria dos "comentaristas" defende que eles tinham que ser roubados porque têm dinheiro para comprar novos instrumentos. Essa visão distorcida de valores vem ganhando corpo em nossa população. A de que roubar tem, não só explicação, como justificativa. Não é justo roubar. Nunca será. Os integrantes do Chiclete com Banana têm grana mesmo. Se eles quiserem, compram 50 novas cargas das que foram roubadas. E daí? Caiu do céu o dinheiro deles? Tem uma plantação de "dólares" na fazenda de Bell? Claro que não. O dinheiro deles veio a muito custo, trabalho, esforço, dedicação e competência. Isso em muitos anos de empenho. Não foi da noite para o dia. Os caras ralaram e o fazem até hoje, apesar de gozarem de merecidos benefícios. E esses méritos não os fazem justas vítimas de assalto. Quem é pobre não deve ser roubado e nem quem é rico. Roubar é crime em qualquer circunstância e situação. Roubar nunca será justo, nem que seja um roubo aos "ricos" músicos do Chiclete com Banana.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

apostas



Começaram os campeonatos brasileiroe 2011. Esse ano o Leão está aonde não deveria, mas não há como fugir da realidade. O negócio é jogar bola e voltar à elite, seu devido lugar. É óbvio que o início da competição é um momento prematuro para chutar os vencedores e os prováveis rebaixados. Mas palpitar é sempre bom e todo mundo gosta. Jornalistas ligados à Rede Globo fizeram essa enquete e a maioria colocava o Jahia entre os rebaixados. Diante das contratações feitas, é difícil que isso aconteça, porém é válido torcer! Seguem os meus palpites dos 4 primeiros nas séries A e B e dos 4 últimos da série A. Faça a sua sugestão antes de os campeonatos engrenarem e no final voltamos aqui, quem sabe, para comemorar:





Série A

1- Vasco

2- São Paulo

3- Santos

4- Cruzeiro




17- Bahia

18- Coritiba

19- Avaí

20- América-MG




Série B

1- Vitória

2- Goiás

3- Sport

4- Criciúma

domingo, 15 de maio de 2011

alegria rala



O velho Baú chamou a atenção sobre aquelas pessoas que querem demonstrar uma felicidade imensa e colocam no msn coisas como: muuuuuuuuuuuuuuuito feliz! É óbvio que isso é exagero e dificilmente alguém está tão feliz assim. Isso lembra a situação dos torcedores do Bahia de Salvador. Há 10 anos sem título, querem fazer festa e comemoração com a conquista do outro Bahia, esse de Feira de Santana. Lá no fundo, é uma alegria absolutamente efêmera e mentirosa. Mentirosa para eles mesmos. Eles, naturalmente, acham bom que qualquer time ganhe o Baianinho, que não seja o Vitória. Porém, dizer que estão muuuuuuuuuuuuito felizes é se enganarem. Felicidade será quando (ou se) eles saírem desse jejum infernal de gritar: é campeão! A conquista do Bahia de Feira de Santana foi meritosa e um tanto justa, principalmente pelas atuações nas finais, e histórica, mas não muda o quadro do futebol baiano de 1990 para cá. Permanece a absurda hegemonia rubro-negra, roubada do rival nos campos de futebol, de maneira honesta e competente. Foram 15 títulos baianos, contra 5 do Bahia de Salvador, 1 do Colo-Colo de Ilhéus, e 1 do Bahia de Feira de Santana. Portanto, essa demonstração de contentamento da torcida do tricolor da capital diante do feito do genérico do interior cheira mais a desespero e angústia do que alegria verdadeira, pois essa carece de motivos mais profundos e latentes.

sábado, 14 de maio de 2011

esnobismo


É engraçado, mas meu pai me acha esnobe. Há alguns dias, durante um almoço em conversa informal, ele falou isso. Fiquei intrigado com o adjetivo aplicado porque não faço jus a ele. O fato é que ele me destinou essa indevida classificação apenas porque tenho "bom gosto" musical e não paro, sob nenhuma hipótese, por respeito e amor à música, para ouvir neoforrobrega e pagoputaria. Isso não me coloca como esnobe de jeito nenhum. Transito com facilidade em vários universos, converso e me dou bem com a maioria das pessoas, independente de condição financeira, cargo no trabalho, cor da pele, peso e altura. Confesso que fiquei até chateado com a infeliz declaração, porque meu pai é persuasivo e já disseminou isso para as pessoas com as quais ele tem mais convivência. Porém, o que vale mesmo é a consciência, que define o que realmente somos e não a rasa opinião alheia, que apenas supõe e deduz o que, muitas vezes, não somos.