quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

reportagens para prêmio sebrae de jornalismo podem ser produzidas até 28 de fevereiro de 2011

Práticas vitoriosas em pequenos negócios, empreendedorismo, cooperação, competitividade, inovação, além de políticas públicas e legislação. Esses são os seis temas que devem abordar as reportagens de jornalistas de todo o país para concorrer à terceira edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo. É importante atentar que as inscrições vão até 05 de março, mas podem concorrer à premiação, matérias veiculadas entre 1 de janeiro de 2010 e 28 de fevereiro de 2011.
O vencedor do Grande Prêmio fatura R$ 25 mil, e os melhores trabalhos nas categorias jornalismo impresso, radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo, além do Prêmio Especial do Júri, que contempla a melhor matéria sob a pauta Inovação, levam R$ 12,5 mil. O valor de R$ 3 mil cabe aos ganhadores da Menção Honrosa, destinada a fotojornalismo e reportagem cinematográfica. Os vencedores também receberão um troféu, e os finalistas, certificados. E ainda todos os inscritos no prêmio ganham uma assinatura semestral da Revista Imprensa.

O objetivo principal do Prêmio Sebrae de Jornalismo é reconhecer os profissionais da imprensa, por meio das melhores matérias e reportagens veiculadas na mídia sobre o universo das micro e pequenas empresas no Brasil. Entre as novidades da edição atual, que foi lançada em novembro de 2010, está a ampliação de oportunidades às mídias de todas regiões do Brasil.

Outro diferencial é que a escolha dos melhores trabalhos vai acontecer em três fases, ao contrário das edições anteriores, em que havia apenas os júris regional e nacional. Desta vez, as reportagens serão submetidas à apreciação de um júri estadual, que vai escolher os selecionados para um júri regional, que por sua vez encaminha as melhores matérias para o júri nacional. Além disso, haverá uma premiação para o vencedores estaduais.

A ficha de inscrição, regulamento e informações sobre os formatos de entrega dos trabalhos podem ser encontrados no site www.portalimprensa.com.br/premiosebrae. A entrega poderá ser feita pelos Correios ou pessoalmente na sede da Revista Imprensa, situada à Rua Rego Freitas, 454 – 6º andar, conj. 61 – Centro – CEP: 01220-010 – São Paulo (SP), até a data máxima prevista para a inscrição.

A publicação dos finalistas nacionais – cinco por categoria – será feita pelo Portal Imprensa e pela Agência Sebrae de Notícias em maio de 2011. A divulgação dos vencedores e a entrega dos prêmios serão realizadas em junho de 2011.

Criada pelo Sebrae em parceria com a Revista Imprensa, a premiação conta com o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação para premiar matérias veiculadas na imprensa nacional e regional relativas aos pequenos negócios.

catadores assistem ao filme lixo extraordinário

Mais de 50 profissionais que trabalham na CAEC e na Cooperativa de Catadores de Canabrava (Cooperbrava), terão a oportunidade de assistir ao filme Lixo Extraordinário, indicado ao Oscar 2011 na categoria Documentário de Longa-Metragem. A sessão será nesta quinta-feira (10), às 17h, no Espaço Unibanco Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, centro de Salvador. O objetivo da ação, organizado pelo Centro de Estudos Socioambientais do Pangea, é levar aos catadores uma possibilidade de reflexão sobre o passado, a realidade de um trabalho digno no presente e as perspectivas de futuro.
“Eles vieram do lixão e, organizados, estão com a possibilidade de industrializar materiais reciclados por eles mesmos”, afirma o diretor do Pangea, Antonio Bunchaft. Para ele, o filme é uma oportunidade para os catadores ampliarem conhecimento e buscarem crescer ainda mais na profissão. São esperados, além dos catadores, representantes de empresas de reciclagem e de condomínios que fazem coleta seletiva. “É uma temática extremamente atual, pois os trabalhos organizados e cooperados interferem positivamente no desenvolvimento econômico e social”, conclui Bunchaft. Após a sessão haverá um debate entre os presentes.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

tem serventia

Sempre que vem uma edição do BBB e os "metidos a intelectuais de plantão" se manifestam dizendo que não vão assistir porque é uma porcaria, uma idiotice mas terminam assistindo, chegam na minha caixa de emails aquelas mensagens de protesto. O pior é como a última que recebi, e que me motivou a escrever estas linhas, que vem com assinatura de nomes de peso, talvez com o intuito de dar credibilidade e convencer as pessoas. Luis Fernando Veríssimo, indiscutível cronista brasileiro, foi a vítima da falcatrua de um dos "metidos a intelectuais de plantão" dessa vez. Na mensagem, dentre aquelas mesmas argumentações de que o programa não educa, que a Rede Globo lucra milhões com as ligações, que todos os telespectadores são imbecis, ele citou, com o objetivo de demonstar o quanto ele respeita e valoriza a diversidade humana, a frase "não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer". Esse tipo de declaração, que pela construção, já é homofóbica, também é super manjada nesses textinhos "senso comum" que rolam em época de BBB. Mas resolvi falar sobre ela mesmo assim.
Ora bolas, "intelectual", é óbvio que cada um faz da vida o que quer. Mas essa argumentação, tão deslumbrante, não cabe no contexto. Em um mundo extremamente insano, onde imperam como animais dominantes, os mais intrometidos do reino, que são os humanos; onde o caráter, personalidade, aceitação social e capacidade intelectual das pessoas, são analisados e avaliados de acordo com seus mais íntimos desejos, que são os sexuais (isso nos casos em que o comportamento ou estereótipo entrega, diga-se de passagem), será que alguém escolheria ser gay? Com o mínimo de neurônios passeando pelo cerébro, a resposta é não. Conclusão: não é uma questão de escolha e de "fazer da vida o que quiser", como se fosse algo adquirido no mundo externo e absorvido pela pessoa. É aquela velha história, homofóbica, que se o menininho com seus 10 anos, vê dois homens se beijando, vai querer fazer o mesmo (engraçado é que ele vê zilhões de homens e mulheres se beijando e não faz efeito...). A homosexualidade não vem de fora para dentro. Abandonemos essa ignorância tamanha. É nítido que os gays já nascem gays e desenvolvem, assim como os heteros, pois não há distinção como seres humanos, essa sexualidade ao longo da vida. Inclusive o universo sexual é algo muito complexo para esses "intelectuais" definirem em uma tacada só.
No BBB 11, por exemplo, (olha a utilidade do programa...), há quatro gays completamente diferentes, excluindo o caso ainda mais complexo que é o da Paula (tri?!). A única mulher, Diana, se diz homo, mas beija os homens com calor e desejo de uma hetero, sem tirar nem pôr. Ela não está fazendo tipo. Está claro. Porém, o estereótipo dela é gay... os jeitos e trejeitos... Quem só olha, aposta que ela só deseja mulheres, mas não é. Quanto aos dois homens, são gays de gerações diferentes, digamos assim, com suas semelhanças também. Eles são do tipo que se vestem e comportam como heteros, mas gostam, exclusivamente no que diz respeito a sexo, de homens. E o assunto aqui é desejo e não ato sexual, visto que a orientação se pauta pelo sentimento e não pela ação na hora de transar. A principal diferença entre eles é de época mesmo, com mudança de estereótipo. Daniel é mais franzino e efeminado, padrão que imperava em sua geração e Lucival é forte, musculoso e sem afetações, mais comum na era atual. Como se diz na Bahia: "é mais plantado". E Ariadna? Essa transexual é a que melhor desconstrói a frase do gênio sobre "fazer da vida o que quer". O caso das transexuias, que vai além das travestis, pois essas mantém a genitália masculina por uma série de motivos que só em outro post para discutirmos, é fantástico. Quando Pedro Bial chama os participantes de heróis e "neguinho" pira, eu concordo com Bial. Há um quê de heroísmo sim em expor sua vida, invadindo a casa das pessoas pela televisão, seu comportamento, mesmo quem em competição por R$ 1,5 milhões. Mais ainda para uma transexual, que é a Mulher Maravilha dessa edição (que os pagodeiros não leiam esse texto...).
Ela não fez da vida o que ela quis. Essa afirmação é muito simplória e superficial. Ela fez da vida dela o que ela teve que fazer. Ela é uma mulher, e por favor não me atirem pedras, mulheres outras. Só que ela, Ariadna, como tantas outras Ariadnas por aí, nasceu com um pênis entre as pernas e anatomia masculina. Mas quem somos nós, além de humanos intrometidos, para julgar a formação humana de alguém por questões biológicas?
Desculpe-me a ciência, mas é reduzir demais uma análise que requer profundidade. Ela apenas adequou seu corpo à sua mente. E ficou plena. Respeitemos, e mais que isso: valorizemos as diferenças.
Agora, repare o tamanho desse texto.
Tá vendo que o BBB serve para alguma coisa?