sábado, 30 de outubro de 2010

fantasmão


Tudo bem que com o fim do império e da escravidão no Brasil e a instituição da república, a elite governamental tentou relativizar os problemas de discriminação racial incentivando o “branqueamento” da população através da imigração de colonos europeus. Isso é fato, apesar do feliz insucesso, pois deixou aí o para as madames o "samba brasileiro democrata, mistura de raça, mistura de cor". Como ora ou outra o assunto volta à tona, a vênus platinada, que andava até meio quietinha, resolveu, sutilmente, fuçar a questão.

Sem essa desculpa hipócrita de que é uma novela que fala do povo italiano, Passione está, a todo custo de produtos de beleza, tentando "branquear" o povo. Até os brancos na vida real, como Marina Ximenes, Larissa Maciel e o próprio Reinaldo Gianechinni, estão super brancos com o trabalho de maquiagem do folhetim. Estão quase transparentes. O personagem de Gianechinni mesmo tem as mãos de uma cor e o rosto de outra (ele sempre está "engravatado"). São os famosos caras-pálidas.

P.S.: não sou espectador assíduo da trama das 9 da Globo, mas o pouquinho que vi, percebi isso e que só tinha um negro na novela e que era capacho do tal do Saulo que morreu... é retrocesso?

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