sexta-feira, 19 de junho de 2009

dar ou receber?

Se, pelo título, alguém pensou que o assunto é sexo, acertou. O assunto é sexo, sim. Mas essa dúvida na troca não se refere ao comportamento durante o ato sexual, mas sim a uma discussão com crianças em sala de aula sobre o tema. É fundamental (e regulamentado pela Secretaria de Educação), que estudantes dessa faixa etária esqueçam essa historinha de "cegonha" e saibam realmente os trâmites que envolvem o surgimento de um bebê e questões relacionadas ao sexo. Acontece que um professor de geografia (???), do Colégio Estadual Marcílio Dias, em São Tomé de Paripe, assumiu a oficina de orientação sexual na escola e, obviamente, não saiu algo proveitoso. Debater um assunto dessa complexidade com crianças em fase de descoberta e curiosidade, ainda mais no âmbito acadêmico, requer um aparato teórico especializado. Provavelmente o professor de geografia (???) não possui. E é de se imaginar que o facilitador, um adulto, vai prestar mais informações do que receber, nessa discussão. Porém, o tal professor de geografia (???) mandou os alunos para casa (alguns têm 9 e 10 anos de idade) com algumas questões para ele resolverem, tais como: "você transaria com alguém por amor, por curiosidade ou porque as amigas já fizeram?" ou "você ficaria sem fôlego ou sentiria frio na barriga se tivesse contato mais íntimo com outra pessoa?". As indagações do tal professor de geografia (???) estão cheirando mais à fofoca e curiosidade (ou até pedofilia, por que não?) do que esclarecimento e troca saudável de ideias com os discentes. As discussões sobre sexo, ainda mais para crianças oriundas de famílias mais pobres e sem instrução, é altamente válida, com o intuito de prevenir gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis. Porém, esse processo precisa ser ministrado por profissionais altamente capacitados e que dialoguem sob cunho pedagógico, e não da maneira asquerosa como o tal professor de geografia (???) o fez.

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