sexta-feira, 12 de junho de 2009

simplesmente amar

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim, você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia
romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao resto é imbatível Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
P.S.: esse texto não é meu e eu também não sei quem é o autor: recebi por email. ele foi postado aqui em maio, mas recoloquei hoje, no dia dos namorados. além disso é uma homenagem a meu pai, que tem 72 anos, e ainda acredita que o amor é fruto de motivações e explicações.

3 comentários:

Unknown disse...

Explicação perfeita para o que é o amor..depois desse texto,eu nem vou mais me queixar desse sentimento avassalador..apenas viver o que ele tem a me proporcionar, afinal de contas, felicidade não vem certinha, numa caixinha de presente..

Renata Vasconcelos disse...

Realmente, o amor não precisa ditar regras e nem conceitos definidos,pois o mesmo é um sentimento dentro de vários outros.....simplesmente inexplicável,imprevísivel e inesgotável.

p-s.creio q este texto seja do sagaz Arnaldo Jabor.

Cilena Carvalho disse...

Sempre acreditei que a melhor forma de se relacionar com o mundo fosse através da verdade, da sinceridade dos sentimentos. Tento fazer disso uma constante em minha vida. Muitas vezes sinto que as pessoas olham desconfiadas quando estendo as mãos para ajudá-las, talvez isso ocorra pelo fato de não presenciarmos com tanta frequência a bondade e a honestidade. Lamento que muitas outras pessoas não pratiquem em suas vidas o exercicio constante da solidariedade e da integridade.
Sinto que o mundo é carente de amor, não só amor entre casais e sim o amor universal.

P.S.: Esse texto não é meu e eu também não sei quem é o autor:

rsrsrsrs... eu sei...!
Chama-se: O amor se sua vida
Autor: Roberto Freire.