domingo, 7 de junho de 2009

malabaristas do sinal vermelho

Esquina da avenida Manoel Dias da Silva e a rua Paraná, na Pituba. Domingo (hoje), 14h30. Cinco crianças com não mais de 10 anos, entre meninos e meninas tentam descolar alguns trocados para auxiliar nas despesas da suposta família e, infelizmente, sustentar seus "vícios". Eles se dividem entre limpadores de pára brisa e artistas, que fazem de pequenos cocos e pedaços de paus, malabares.
Dar dinheiro supõe um estímulo à prática e uma espécie de "remuneração" pelo serviço prestado. Provavelmente eles vão continuar ali, pois estão "achando". Esse ato também propicia para o doador uma sensação de "alívio", por assim dizer. É como quem pensa: fiz a minha parte, ajudei. Não dar, aparenta um comportamento mais rude, cruel e insensível. Porém, também pode ser um passo essencial para a diminuição da quantidade de crianças perambulando pelas ruas, sofrendo maus tratos e humilhações, e conhecendo o universo adulto e suas peculiaridades muito antes do tempo. Eis a questão.

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