terça-feira, 1 de junho de 2010

o tempo palomês

Baseado em uma declaração de que minha adorável e estimada "sogrinha do coração" anda proferindo, a torto e a direito, segundo fonte confiável (minha filha que mora com ela, mas é em off!), resolvi postar aqui um texo que não é meu, mas vem a calhar. Agora quando qualquer pessoa, em qualquer lugar e situação faz uma queixa relacionada a tempo - e coisas similares - Paloma (o nome da figurinha ímpar é esse) não hesita e filosofa: "agora falta menos do que faltava". Pode rir. É engraçado mesmo! Não é impossível que ela tenha pirado não, mas a frase não é sem sentido. Tem sentido. Porém, a lógica se torna imbecil se aplicarmos a expressão a todo instante, pois, no esplendor do desespero e dor, Cazuza já reiterou que ele - o tempo - não pára. Agora, por exemplo, falta menos tempo para eu postar o texto do que faltava... falta menos tempo para você terminar de ler do que faltava... percebeu o que eu quis dizer com imbecilidade?


Segue o texto extraído da internet:


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade... Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial! Tenha uma vida maravilhosa no essencial! O essencial é o sustentável.

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