ba x ba quente

Tema recorrente na música nacional é a dor de cotovelo. Um dos maiores compositores do gênero, o conterrâneo de Renato Gaúcho, Lupicínio Rodrigues, escreveu, em 1950, Vingança, cujo título já diz tudo sobre o conteúdo da letra da canção. “Mas enquanto houver força em meu peito, eu não quero mais nada, só vingança, vingança, vingança”. É com esse clima de marido traído querendo descontar, que o Bahia encara o xará de Feira, hoje, às 21h, no Joia da Princesa, na gana de revidar a goleada sofrida no primeiro duelo.
Até porque aqueles 5x3 em Pituaçu, além de carimbar o time feirense como único do interior que fez cinco gols no Tricolor de Aço na história do Campeonato Baiano, representaram 50% dos tentos que o time do Fazendão sofreu até agora. Após o rachão de ontem, o jovem meia Maurício, 19 anos, não titubeou ao falar do clima do confronto. “Eu estou com sede de vingança e nós vamos partir pra cima deles. Será um prazer ganhar lá dentro”, afirmou o atleta que entra na vaga de Ananias, suspenso.
O zagueiro artilheiro Vágner, que estava presente na virada do Bahia de Feira, foi mais cauteloso. “Claro que ficamos chateados, mas já estamos vacinados. Com atenção e equilíbrio, eu acredito em uma vitória fora de casa, mas não tem nada a ver com revanche”, disse. Quanto à presença do lateral Apodi, a torcida tricolor vai esperar um pouco mais. O nome dele não foi divulgado no BID até o fim do prazo, pois não houve expediente ontem na CBF. O atleta deve ser regularizado hoje. A surpresa fica por conta de Rafael que voltou a ser relacionado.
BRAÇADEIRA – Além do cheiro de desforra, o confronto marca também a estreia do capitão Nem no Campeonato Baiano e como titular. Quer dizer, já está decidido que a braçadeira é sua, Nem? “Aí é só com o ‘home” mesmo”, respondeu, rindo. “Temos que ganhar esse jogo, que não deixa de ser uma revanche”, cutucou. A primeira participação do xerife tricolor em 2010 se resumiu a alguns minutos no triunfo contra o Vitória-ES, por 2x0, pela Copa do Brasil.