segunda-feira, 20 de julho de 2009

o homem do tapinha

Nos bons e saudosos tempos dos babas semanais havia uma figura lendária e sempre indispensável chamada Gilmar. Negro alto e musculoso, apesar de lento, tinha no chute forte sua grande arma aliada à imensa vontade de vencer e espírito de liderança em campo. O certo é que ninguém esquece a maneira como "Jumar" (que é como saía a pronúncia do nome dele) caracterizava aqueles chutinhos mais fracos, desferidos por outros colegas. "Que peteleco", dizia sempre, sem dó, antes mesmo de conferir o resultado do tiro aparentemente despretensioso. Mesmo que terminasse em gol, "Jumar" se irritava de imediato era com a forma pouco viril de bater na redonda.
O atacante Roger, do Vitória, artilheiro do Campeonato Brasileiro com oito gols (ao lado de Val Baiano, do Barueri, e Felipe, do Goiás), seria uma vítima fatal da língua cruel do nosso "xerife". Todos os gols que o matador do time baiano fez, exceto de cabeça e de pênalti, foram com chutes bem borocoxôs, como dizia minha mãe! Não teve um só tento em que Roger pegou firme na bola, em cheio, na veia. Diante do Atlético-MG, ontem (19), no Barradão, o jogo não saiu do 0x0 muito por causa dos tapinhas "chorados" e meio de raspão, disparados por Roger, nas duas ou três chances imperdoáveis que teve. Ele é um bom jogador, usa bem a estatura e tem certa habilidade (deu umas três "tabacas" ontem!), mas precisa treinar, e muito, apesar de goleador do torneio, a forma como pega na bola. Sorte dele não ser "Jumar" o capitão do Vitória, pois iria obrigá-lo também a aprender o outro significado da palavra peteleco!

Um comentário:

Daniel disse...

Ele agora é conhecido como "GIL"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...