quinta-feira, 16 de setembro de 2010

micro e pequenas empresas alavancam economia baiana

Em 2009, 71% dos empregos gerados na Bahia foram oriundos das micro e pequenas empresas. E apenas no primeiro trimestre de 2010 esses números já chegam a 60%. Tais dados, de acordo com o superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, apontam para a importância desse segmento para o crescimento econômico do Estado e do Brasil.“Esse novo ciclo de desenvolvimento do país abre um horizonte fantástico para os empreendimentos nas áreas de indústria, comércio, serviços e agronegócios”, afirmou.

Ele participou da abertura do VI Encontro de Economia Baiana nesta quinta-feira (16), no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador. O evento, cujo tema central é Brasil e Bahia na nova configuração da economia mundial acontece até esta sexta-feira (17). Cerca de 600 pessoas, entre estudantes, economistas e representantes de empresas públicas e privadas, assistiram à abertura do encontro organizado pela Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), Desenbahia e do Departamento de Mestrado do curso de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFba), com o patrocínio do Sebrae.

Para o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antonio Barros de Castro, “o Brasil entrou muito bem na crise e continua muito bem, pois ele não tinha nenhum dos problemas originários dela”. Castro ministrou uma palestra sobre o tema central do congresso, onde falou também sobre a consolidação do mercado de massas na economia mundial e o comércio Brasil-China.

O presidente da Desenbahia, Luiz Petitinga, acredita que o evento vem se tornando referência como uma possibilidade de reflexão entre academia, governo e empresas sobre o assunto. “É uma oportunidade de formação de políticas públicas para o fomento e desenvolvimento da competitividade e inovação nas empresas”, afirma. Para Petitinga, as micro e pequenas empresas devem se beneficiar dessa articulação com a economia chinesa. “À medida que temos grandes investimentos, os fornecedores de produtos e serviços diretos e indiretos mostram sua real importância”, conclui.

Durante os dois dias de evento serão apresentados e discutidos 30 trabalhos, entre as 12 mesas redondas. A programação do encontro é ampla, mas há uma preocupação em discutir itens relacionados à economia regional, o que inclui temas como Concentração do emprego industrial no período 1994-2005: evidências para os municípios do Brasil; e Desenvolvimento Regional e Aglomerações Produtivas na Bahia: uma visão a partir do emprego e dos territórios de identidade.

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