segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

limpeza na lagoa de pituaçu

O trabalho de limpeza nas águas da lagoa do Parque de Pituaçu já retirou metade das salvinias e baronesas (plantas aquáticas) que surgiram no local. O serviço começou na semana passada e é realizado, diariamente, por um grupo de cinco funcionários.
O crescimento da vegetação sobre a lagoa, além de comprometer a estética do lugar, impede a realização de atividades esportivas e de lazer disponibilizadas à população, como a escola de remo e o pedalinho.
A retirada dos aguapés é feita de forma braçal. “Nós prendemos as plantas com uma corda de bambu e depois puxamos para a beirada para tirá-las da água, usando rastelos, telas ou as próprias mãos”, explica o jardineiro do Parque de Pituaçu, Crispim Ribeiro.
As salvinias e baronesas são tipos de vegetações flutuantes, que se desenvolvem por conta dos detritos despejados na lagoa. Em contrapartida, essas plantas ajudam na depuração natural e preservação das águas.
Além de contribuírem para o meio ambiente dentro da água, as salvinias e baronesas também são úteis ao saírem de lá. Após um processo de secagem, elas passam por um tratamento e viram adubo orgânico. “Esse adubo serve para novas mudas de plantas que vão reflorestar áreas degradadas do local”, diz a coordenadora interina do parque, Eliene Leão.
O processo de decomposição para transformá-las em adubo é feito artesanalmente e ensinado, através de oficinas, aos jovens das comunidades do Bate-Facho e Alto do São João, localizadas no entorno do parque.
“Manualmente, a gente quebra elas e adiciona restos de comida e esterco de gado para virar húmus com minhoca”, detalha o artista plástico Alberto Peixoto, 55 anos, mais conhecido como Beto de Bila.
O produto é comercializado na Feira Orgânica, realizada todo domingo, no próprio parque. “É uma forma de gerar renda para a comunidade”, ressalta Beto, que atua como articulador junto às comunidades do Bate-Facho e Alto do São João.
Histórico – Com 200 mil metros quadrados de espelho d’água, a lagoa do Parque de Pituaçu foi construída em 1906, pelo engenheiro Theodoro Sampaio, com o objetivo de proteger o manancial hídrico e abastecer a cidade do Salvador.

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