domingo, 1 de outubro de 2006

rapa tudo

O grupo O Rappa surgiu há 12 anos, no Rio de Janeiro. A voz rouca e viril do vocalista Marcelo Falcão, aliada a letras de rebeldia e repúdio às distinções políticas, econômicas e sociais do Brasil, são marcas inconfundíveis da banda. A sonoridade instigante, suingada e indefinível faz o grupo transitar, sem dificuldade, entre alternativo e popular, absorvendo em seus shows um público de várias tribos. A formação atual é Marcelo Falcão, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro Farias. O compositor Marcelo Yuka decidiu abandonar a trupe, a partir de 2001, devido a uma incompatibilidade ideológica das suas composições em relação aos outros integrantes.
Eles possuem 6 discos lançados ao longo da carreira, uma média de 1 a cada 2 anos. Tais números apontam para um louvável desdém dos rapazes à sedenta indústria fonográfica. Ainda assim, a fidelidade do seu público faz d’O Rappa um considerável vendedor de discos. As cantoras Maria Rita e Vania Abreu regravaram a canção “Minha Alma (A paz que eu não quero)”, em seus últimos álbuns. Essa situação demonstra a dimensão que vem alcançando o trabalho d’O Rappa. O seu leque de admiradores é ampliado por nomes como Zeca Pagodinho e o grupo Cidade Negra. Esse crescimento do conjunto carioca, em parte, vem do fervor espontâneo das suas apresentações ao vivo. A dedicação, principalmente do vocalista Falcão, é algo metafísico. Segundo crítica publicada no jornal O Globo (agosto/2001), “desde a Legião Urbana que não aparecia uma banda tão sintonizada com os corações e as mentes dos brasileiros”.

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