Eu passava ali na Av. Vasco da Gama, antes um pouquinho da Perini, quando um Celta vermelho parou em minha frente no semáforo. No alto do vidro traseiro, ele trazia o dizer: "Feliz foi Adão que morreu sem conhecer a sogra". Naturalmente, a reação imediata a isso são risos e mais risos. E eu o fiz. Mas pensando um pouco mais no assunto, certamente, sem sogra, eu não seria tão feliz quanto Adão e o dono do Celtinha. É verdade. Sei lá porque se criou e disseminou esse mito de que sogra não presta, sogra é um saco, pega no pé. Sinceramente não sei. A minha não é nenhum anjinho, mas tem muito mais qualidades que defeitos. Ela desconstrói aquela imagem de velhinha enjoada que quer a filhinha longe do "agregado". E a principal qualidade dela: prestatividade. O que já desmonta quaisquer defeitos que ela venha possuir. Ser prestativo é nobreza. É você priorizar o outro diante de você mesmo. É ajudar. E ela ajuda muito, sem obrigação de retorno. Sem dívida. Uma grande mulher, uma guerreira, mãe e avó. Acho-me um privilegiado pela sogra que tenho. Portanto, menos companheiro, menos.